JORNAL A NOTICIA DE SÃO LUIZ GONZAGA, 20/11/2013 às 11:21
NEWTON ALVIN
Lamentavelmente, uma senhora de 77 anos morreu após ser atropelada por um motoqueiro, na tarde de sábado, na Avenida Senador Pinheiro Machado. Diante dessa triste ocorrência, ouso dizer aqui que foi uma morte anunciada, como outras que infelizmente poderão ocorrer, por conta da recolocação de sinaleiras e mudança dos locais das faixas de segurança. De repente, em qualquer hora do dia, muitos motoristas de veículos e condutores de motos resolveram disputar velocidade na avenida da cidade e ai de quem estiver na frente, principalmente idosos e crianças.
O colunista vem notando e o nosso jornal bem que alertou diversas vezes o quanto essas mudanças pioraram a situação do pedestre, diante da pista de corridas em que se transformou a nossa avenida. Quase todos pisam no acelerador quando sobem em direção ao centro, sabendo que o freio será usado somente onde está localizada a nova sinaleira. E alguns nem parecem se importar com a faixa de segurança que existe diante do SEG – Escola Técnica José Gomes, com a redução da velocidade ocorrendo logo depois, frente ao semáforo. Nesse local, conferi que a maioria dos pedestres não se anima a atravessar quando vê aqueles bólidos, mesmo diante da faixa que devia representar alguma segurança para eles.
A situação vai piorando na medida em que descemos a avenida. Na esquina com a Rua Gen. Paiva existe uma faixa de segurança praticamente apagada. Se algum incauto tentar a travessia por ali ameaça ser atropelado, pois os condutores de veículos parecem não avistar nenhuma cor branca no asfalto – e ainda aceleram bastante e em ziguezague pela larga artéria que pensam ser somente deles. E não raro vejo pedestres inseguros, temendo o pior diante de uma faixa que praticamente inexiste para os donos de máquinas que podem matar. Por que corre tanto esse pessoal? E cadê a fiscalização ao limite de velocidade no centro?
Mais uma quadra adiante, sempre descendo a avenida, na esquina com a Rua Rui Ramos, há outra faixa quase insepulta, mais apagada ainda. E ali igualmente o pedestre não mostra confiança, pois os veículos não diminuem nunca a velocidade, como manda a mais rudimentar lei do trânsito. E onde a infeliz senhora foi atropelada no sábado, duas quadras adiante, na esquina com a Rua General Câmara, também não existe faixa de segurança, que bem poderia impedir essa morte tão lamentável. Quer dizer, nas principais quadras da avenida, os pedestres estão realmente desprotegidos, vulneráveis diante de mudanças que parecem ter favorecido somente os motoristas e motoqueiros, sem nenhuma ação concreta de proteção aos pedestres.
Como bem disse o psicólogo e perito examinador Eduardo Cadore, que fez uma avaliação do trânsito em São Luiz para o nosso jornal, “a instalação dos dois semáforos apenas atendeu ao interesse dos veículos, para uma maior fluidez”. A recolocação das sinaleiras não está irregular, reconhece Cadore, mas gera o que ele chama de “criminalização do pedestre”. Frisou o especialista em trânsito: “Constatei pessoalmente a hostilidade por parte do condutor, que, além de não dar preferência ao passante, falta-lhe empatia para compreender que este obedece à sinalização, na maioria dos casos”.
Enfatiza Cadore que “embora a legislação afirme que o pedestre tem o dever de deslocar-se até a faixa de segurança mais próxima dentro de 50 metros, convenhamos que é praticamente impossível que ele caminhe meia quadra para atravessar, ignorando aquela ex-faixa, que ainda aparece, mas agora coberta de preto”. E este colunista acentua que a tinta preta dessa faixa está sumindo, com as faixas brancas aparecendo, novamente gloriosas, para confundir ainda mais o infeliz pedestre.
Outro problema anotado por Eduardo Cadore é “a adaptação do motorista que, em muitos casos, acaba não dando preferência ao pedestre nem no cruzamento, quiçá no meio da quadra, local onde acaba por desenvolver um aumento da velocidade”. E ele enfatiza o mesmo pensamento deste colunista: “Fico preocupado com a possibilidade de aumento de atropelamentos após esta medida. Em suma, errado não está, mas o pedestre, mais uma vez, sai perdendo, pois se engana quem pensa que uma faixa no centro da quadra, apagando as dos cruzamentos, lhe dará segurança”. Eis o pensamento de um especialista em trânsito. E eu indago mais uma vez: por que esse pessoal corre tanto? E o que faremos para acabar com essa situação em desfavor do pedestre?
Lamentavelmente, uma senhora de 77 anos morreu após ser atropelada por um motoqueiro, na tarde de sábado, na Avenida Senador Pinheiro Machado. Diante dessa triste ocorrência, ouso dizer aqui que foi uma morte anunciada, como outras que infelizmente poderão ocorrer, por conta da recolocação de sinaleiras e mudança dos locais das faixas de segurança. De repente, em qualquer hora do dia, muitos motoristas de veículos e condutores de motos resolveram disputar velocidade na avenida da cidade e ai de quem estiver na frente, principalmente idosos e crianças.
O colunista vem notando e o nosso jornal bem que alertou diversas vezes o quanto essas mudanças pioraram a situação do pedestre, diante da pista de corridas em que se transformou a nossa avenida. Quase todos pisam no acelerador quando sobem em direção ao centro, sabendo que o freio será usado somente onde está localizada a nova sinaleira. E alguns nem parecem se importar com a faixa de segurança que existe diante do SEG – Escola Técnica José Gomes, com a redução da velocidade ocorrendo logo depois, frente ao semáforo. Nesse local, conferi que a maioria dos pedestres não se anima a atravessar quando vê aqueles bólidos, mesmo diante da faixa que devia representar alguma segurança para eles.
A situação vai piorando na medida em que descemos a avenida. Na esquina com a Rua Gen. Paiva existe uma faixa de segurança praticamente apagada. Se algum incauto tentar a travessia por ali ameaça ser atropelado, pois os condutores de veículos parecem não avistar nenhuma cor branca no asfalto – e ainda aceleram bastante e em ziguezague pela larga artéria que pensam ser somente deles. E não raro vejo pedestres inseguros, temendo o pior diante de uma faixa que praticamente inexiste para os donos de máquinas que podem matar. Por que corre tanto esse pessoal? E cadê a fiscalização ao limite de velocidade no centro?
Mais uma quadra adiante, sempre descendo a avenida, na esquina com a Rua Rui Ramos, há outra faixa quase insepulta, mais apagada ainda. E ali igualmente o pedestre não mostra confiança, pois os veículos não diminuem nunca a velocidade, como manda a mais rudimentar lei do trânsito. E onde a infeliz senhora foi atropelada no sábado, duas quadras adiante, na esquina com a Rua General Câmara, também não existe faixa de segurança, que bem poderia impedir essa morte tão lamentável. Quer dizer, nas principais quadras da avenida, os pedestres estão realmente desprotegidos, vulneráveis diante de mudanças que parecem ter favorecido somente os motoristas e motoqueiros, sem nenhuma ação concreta de proteção aos pedestres.
Como bem disse o psicólogo e perito examinador Eduardo Cadore, que fez uma avaliação do trânsito em São Luiz para o nosso jornal, “a instalação dos dois semáforos apenas atendeu ao interesse dos veículos, para uma maior fluidez”. A recolocação das sinaleiras não está irregular, reconhece Cadore, mas gera o que ele chama de “criminalização do pedestre”. Frisou o especialista em trânsito: “Constatei pessoalmente a hostilidade por parte do condutor, que, além de não dar preferência ao passante, falta-lhe empatia para compreender que este obedece à sinalização, na maioria dos casos”.
Enfatiza Cadore que “embora a legislação afirme que o pedestre tem o dever de deslocar-se até a faixa de segurança mais próxima dentro de 50 metros, convenhamos que é praticamente impossível que ele caminhe meia quadra para atravessar, ignorando aquela ex-faixa, que ainda aparece, mas agora coberta de preto”. E este colunista acentua que a tinta preta dessa faixa está sumindo, com as faixas brancas aparecendo, novamente gloriosas, para confundir ainda mais o infeliz pedestre.
Outro problema anotado por Eduardo Cadore é “a adaptação do motorista que, em muitos casos, acaba não dando preferência ao pedestre nem no cruzamento, quiçá no meio da quadra, local onde acaba por desenvolver um aumento da velocidade”. E ele enfatiza o mesmo pensamento deste colunista: “Fico preocupado com a possibilidade de aumento de atropelamentos após esta medida. Em suma, errado não está, mas o pedestre, mais uma vez, sai perdendo, pois se engana quem pensa que uma faixa no centro da quadra, apagando as dos cruzamentos, lhe dará segurança”. Eis o pensamento de um especialista em trânsito. E eu indago mais uma vez: por que esse pessoal corre tanto? E o que faremos para acabar com essa situação em desfavor do pedestre?
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