segunda-feira, 27 de abril de 2015

RACHAS DE MOTO EM RODOVIAS PARA CHEGAR A 299 KM POR HORA

G1 FANTÁSTICO Edição do dia 26/04/2015


Grupo faz 'rachas' de moto e tenta chegar a 299 km/h em rodovias. Fantástico acompanhou operação da polícia contra o grupo. Vídeos na internet mostram motoqueiros dirigindo em altas velocidades nas estradas.




Corridas de motos superpotentes em uma das principais rodovias de São Paulo. Vídeos que estão na internet mostram que esse tipo criminoso de corrida, conhecido como “racha” ou “pega”, se repete em várias estradas do Brasil.

As motos deveriam andar a 100, 110 km/h, que é a velocidade permitida na maioria das estradas brasileiras. Deveriam.

“273 mais ou menos. Louco demais. Obrigado Deus”, diz um dos motoqueiros no vídeo.

Na Paraíba, um grupo de motoqueiros ganhou fama e até um apelido: "Clube do 299".

Eles aceleram muito, com um objetivo: chegar a 299 km/h.

“A partir do momento que ele atingiu aquilo, registrou aquilo, aquilo vai fazer ele ser mais respeitado como motociclista que corre mais”, diz Anderson Poddis, assessor de comunicação da PRF-PB.

“Vários deles furaram blitz, chegando inclusive a ter a possibilidade de atropelar um dos guardas da Polícia Rodoviária Federal. São verdadeiras armas nas mãos daqueles que não querem cumprir a legislação”, afirma Bertrand Araujo Asfora, procurador-geral de Justiça da Paraíba.

Nos últimos quatro meses, a Polícia Rodoviária Federal acompanhou cada movimento desses motoqueiros da Paraíba. Descobriu que eles usavam grupos restritos nas redes sociais para marcar as corridas.

É na BR-230, a principal rodovia do estado da Paraíba, que os motoqueiros faziam os rachas. Na estrada, a velocidade máxima permitida é de 110 km/h.

Na rodovia, entre João Pessoa e Campina Grande, os motoqueiros cometem infrações gravíssimas: fazem ultrapassagens perigosas em local não permitido e até pilotam sem segurar o guidão.

Os motoqueiros faziam questão de compartilhar os vídeos com os amigos. Em janeiro, policiais gravaram um dos rachas do Clube do 299. No vídeo, todas as motos passam voando. Algumas estão indo tão rápido que o radar nem consegue registrar a velocidade.

Para mostrar o tamanho do perigo, o Fantástico fez um teste no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Primeiro, pedimos a um piloto profissional que dirigisse a 110 km/h. E depois, a mais de 200 km/h.

E os freios? Como funcionam numa situação dessas? A 110 km/h, a moto parou depois de percorrer 34 metros. A mais de 200 km/h, a moto percorreu 143 metros, uma distância quatro vezes maior até parar.

“Na estrada, a chance de morrer é alta. Por quê? Primeiro, você não controla as variáveis. Você não sabe se tem uma sujeira no chão, uma ondulação. A 200 por hora, uma ondulação é suficiente para derrubar”, alerta Roberto Manzini, especialista em direção defensiva.

Na sexta-feira (24), o Fantástico acompanhou a operação contra o Clube do 299 na Paraíba.

Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Ministério Público já tinham provas suficientes para apreender as motos e as habilitações dos integrantes do grupo. Segundo as investigações, quem organizava as corridas clandestinas era o empresário Gibran Moraes. Ele aparece em vários vídeos fazendo manobras arriscadas e em altíssima velocidade.

No apartamento de Gibran, os policiais também encontraram um revólver e munição até para fuzil. Em um vídeo, o empresário aparece atirando com uma pistola 9 milímetros, que é de uso exclusivo das Forças Armadas. Por causa da munição de fuzil que é de uso restrito, Gibran continua preso.

Na operação policial desta semana, na Paraíba, dez motoqueiros acusados de participar dos rachas tiveram a habilitação apreendida. Ou seja, não podem dirigir.

“É uma questão de provar que ‘ah, eu não sou medroso. Não aconteceu nada’. Hoje. E amanhã? A chance de dar errado e de se matar é grande e ainda matar terceiros”, diz Roberto Manzini, especialista em direção defensiva.

sábado, 25 de abril de 2015

CINTO NO BANCO DE TRÁS NÃO É HÁBITO


ZERO HORA 25 de abril de 2015 | N° 18143


NATHÁLIA CARAPEÇOS


TRÂNSITO SEM NOÇÃO DO PERIGO

PESQUISAS APONTAM POUCA ADESÃO ao acessório por passageiros que sentam na parte traseira dos veículos, e especialistas reforçam a necessidade de conscientização sobre essa prática, que pode salvar vidas em caso de acidentes


Assim como engatar a primeira marcha para arrancar o carro é uma ação quase automática, colocar o cinto de segurança também deveria ser – seja no banco da frente ou no traseiro. Mas, segundo pesquisas de órgãos ligados ao trânsito, essa ainda é uma realidade distante de boa parte dos passageiros, principalmente quando o assunto é o uso do acessório para quem está atrás.

Dados coletados pela Ford e apresentados neste mês mostram que, na Europa, mais de um terço das pessoas não usam o cinto de segurança quando viajam no banco traseiro. No Brasil, a situação não é diferente. Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um levantamento apontando que apenas 37,3% usavam sempre o cinto atrás, enquanto 73,2% diziam utilizar o acessório na frente.

A PRINCIPAL INFRAÇÃO NAS ESTRADAS ESTADUAIS

Os gaúchos também não mantêm bons hábitos quando o assunto é o uso do cinto. Pesquisa encomendada pelo Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran), em 2012, mostrou que 30,9% não colocam o item no assento traseiro.

No ano passado, a infração do artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro (o não uso do acessório pelo condutor ou passageiro em qualquer um dos bancos), ficou em 6º lugar no ranking de multas. Já nas rodovias estaduais, o quadro é ainda pior. Dados do Comando Rodoviário da Brigada Militar apontam que a falta do cinto foi a infração mais registrada em 2014.

– Alguém sem cinto dentro do carro é um risco para os demais. Há uma ideia errada de que atrás é mais seguro. Na frente, as pessoas se sentem mais vulneráveis, além de terem receio da fiscalização – afirma a engenheira e especialista em segurança viária Christine Nodari, que integra o Laboratório de Sistemas de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).



O que leva à conduta arriscada



Para especialistas, não há um fator único que determine a resistência ao cinto no banco de trás.

– O grau de ignorância e descrença quanto à gravidade do tema é maior do que a gente pensa – diz o sociólogo e especialista em educação e segurança no trânsito Eduardo Biavati.

Presidente do Instituto de Segurança do Trânsito, David Duarte Lima destaca que existe o conceito natural entre as pessoas de que sentar atrás é mais seguro.

– É algo que já ouvi em vários Estados – conta.

Outros dois pontos aparecem ligados ao não uso do cinto no banco traseiro: a desinformação e a dificuldade para multar. O diretor-geral do Detran gaúcho, Ildo Mário Szinvelski, reforça a necessidade de aliar os dois temas:

– Se a educação e a conscientização não têm efeito, não resta outro caminho a não ser a fiscalização rígida.

Para a especialista em psicologia do trânsito Aurinez Rospide Schmitz, do Instituto Ande Bem, as pessoas têm dificuldade cultural de compreender o perigo da falta desse hábito.

– Quem segue as regras é considerado o medroso – ressalta.

Diante isso, o consenso entre especialistas e poder público é de que a maior aposta deve ser em campanhas e ações de conscientização.

O planejamento deve incluir linhas específicas por faixa etária, com foco nos jovens. A atuação junto a escolas é vista como um dos principais pontos, assim como a participação da família.

– Trazer exemplos em disciplinas da escola, como a física, é uma boa opção – sugere Biavati.

Depois da educação, o reforço na fiscalização é considerado como outro ponto importante.

– No caso do uso do cinto na frente, foi um fator decisivo para as pessoas usarem. Não dá para deixar isso de lado – ressalta a engenheira Christine Nodari.

Por lei, se alguém não estiver usando o cinto no veículo, a responsabilidade recai sobre o motorista. Esse processo é questionado por Aurinez. Para ela, não é necessária uma alteração na legislação, mas, sim, uma mudança de visão sobre o papel de cada um no trânsito.

– Os passageiros têm de se sentir corresponsáveis e cada um precisa fazer a sua parte – diz.

O diretor-geral do Detran afirma que ações educativas são a principal estratégia do órgão.

– Esses materiais devem mostrar a realidade. Não há segunda chance – diz Szinvelski.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

BLOQUEIO CRIMINOSO


ZERO HORA 24 de abril de 2015 | N° 18142


EDITORIAL




O direito de protestar e de reivindicar não pode ser confundido com uma pretensa autonomia para prejudicar os outros. É o que acontece quando caminhoneiros utilizam seus veículos para bloquear rodovias ou jogam pedras nos veículos de colegas que decidem continuar rodando. Mesmo que o governo tenha sido leniente na negociação, criando a expectativa de que poderia resolver problemas imediatos da categoria, a reação violenta é injustificável. Foi assim quando dos primeiros protestos, marcados pelo radicalismo de parte expressiva dos que paralisaram suas atividades, e se repete agora em alguns setores da mobilização.

Nenhuma questão setorial, sob quaisquer argumentos, pode ameaçar o direito de ir e vir. A situação dos caminhoneiros foi agravada por uma série de fatores, a começar pela desaceleração da economia, pelo excesso de prestadores de serviços e, como decorrência, pelo achatamento nos preços dos fretes. Junta-se a isso a elevação dos combustíveis e dos pedágios e está criado o cenário que descapitaliza os que, por décadas, vêm oferecendo a maior contribuição ao trans- porte de cargas no país.

Algumas demandas podem ter viabilidade discutida, desde que não representem a transferência de altos custos aos contribuintes. Outras, como o improvável tabelamento dos fretes, são assuntos de mercado e assim devem ser tratadas, pois independem da vontade de governos. O que não pode persistir é a ação de piquetes, com o bloqueio de rodovias e a criação de ambientes de tensão. As autoridades, como ocorreu quando do movimento de fevereiro, devem ter presença ostensiva nesses locais, para que a lei se sobreponha à baderna e a atos criminosos.


domingo, 5 de abril de 2015

JOVENS MORREM EM ACIDENTE DE CARRO

ZERO HORA 05/04/2015 | 07h0

por Bruna Scirea

Corpos de jovens mortos em acidente são velados em Santo Cristo. Cerimônia coletiva ocorre no Centro Social Paroquial da cidade de cerca de 15 mil habitantes



Foto: Pietro Fuhr / Arquivo Pessoal


Os corpos dos quatro jovens que morreram em um acidente na ERS-472, em Santa Rosa, na tarde deste sábado, são velados no Centro Social Paroquial de Santo Cristo, no noroeste do Rio Grande do Sul, nesta madrugada.

A cerimônia ocorre com três dos caixões lacrados, em função de o carro ter incendiado após colidir contra uma árvore na lateral da rodovia. Após terem passado por exame de DNA, foram confirmadas as identidades das vítimas: os primos Matheus Schreiner e Tiago Schreiner, Cassiano Utzig e Leonardo Henkes — todos naturais de Santo Cristo. A missa de enterro está marcada para as 16h30min na Igreja Matriz da cidade que tem cerca de 15 mil habitantes.

Os quatro jovens eram amigos e estavam na região para passar o feriado de Páscoa em família. Como de costume, resolveram se reunir — desta vez, em um churrasco na casa de Cassiano. Pouco antes do fim da tarde, a turma de amigos se dividiu em dois carros e foi para Santa Rosa, onde fariam uma surpresa e buscariam a namorada de um deles. No retorno a Santo Cristo, no entanto, o carro em que os quatro estavam saiu da pista, colidiu em uma árvore e pegou fogo às margens da ERS-472.

Leonardo Henkes, 19 anos, morava em Ivoti, no Vale do Sinos, e cursava o último ano do Ensino Médio. Ele buscava formação técnica em Mecânica na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Novo Hamburgo. Conforme amigos, ele deixa os pais e uma irmã mais velha. O corpo de Leonardo é o único que está sendo velado com caixão aberto. No momento do acidente, ele foi arremessado para fora do veículo e foi o primeiro a ser reconhecido.

Matheus Schreiner, 19 anos, cursava o 5º semestre de Medicina Veterinária na Unijuí, em Ijuí. Segundo amigos, ele deixa pais, uma irmã e a namorada — colega de faculdade com quem estava junto há mais de um ano.

Cassiano Utzig, 19 anos, estudava Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Colorado fanático, o jovem deixa uma irmã de 16 anos e os pais.

Tiago Schreiner, 19 anos, cursava Informática na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), em Santo Ângelo. O jovem deixa os pais e o irmão gêmeo, que fazia o mesmo trajeto, mas em outro carro, no momento do acidente.

Carro pegou fogo após colidir com árvore

O acidente aconteceu por volta das 18h, na rodovia que liga Santa Rosa a Três de Maio (ERS-472). As vítimas estavam em um Focus, que saiu da pista no quilômetro 160 e colidiu com uma árvore. O veículo pegou fogo e três pessoas morreram carbonizadas, conforme o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).



Fotos: Pietro Fuhr, Arquivo Pessoal



O Focus tem placas de Santo Cristo, cidade localizada a cerca de 20 quilômetros de Santa Rosa. Conforme o CRBM, a hipótese é que o veículo tenha saído da pista devido a uma aquaplanagem, pois chovia no momento do acidente. A rodovia não ficou bloqueada por causa da ocorrência.



Além do CRBM, uma equipe do Corpo de Bombeiros teve de ser acionada para atender o acidente, para conter o incêndio no veículo. Uma equipe do Instituto-Geral de Perícias (IGP) chegou ao local pouco antes das 20h, para analisar as circunstâncias do acidente.

A colisão aumentou para pelo menos 16 o número de mortes neste feriadão de Páscoa, conforme levantamento realizado pelo Grupo RBS a partir do meio-dia de quinta-feira.



* Zero Hora

sexta-feira, 3 de abril de 2015

SÃO 34 MORTES EM CINCO ANOS



ZERO HORA 03 de abril de 2015 | N° 18121


TRÂNSITO 10 ANOS DE ESPERA




Fim da duplicação da ERS-118 não tem prazo


COM OBRA PARALISADA desde outubro do ano passado e sem definição de data para retomar construção, governo estadual evita previsão exata e afirma que meta é finalizar os 22 quilômetros, entre Sapucaia do Sul e Gravataí, até o final do mandato

A maior ponte do mundo, com 165 quilômetros de extensão, levou quatro anos para ser construída na China. Uma cidade inteira se ergueu do nada em três anos e meio para virar capital do Brasil em 1960. No Rio Grande do Sul, a duplicação de 22 quilômetros de uma rodovia vai completar uma década sem conclusão.

Como as obras da ERS-118 entre Sapucaia do Sul e Gravataí estão paradas desde outubro e sem prazo para serem retomadas, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) já descartou a previsão do governo anterior de terminar o serviço – iniciado em 2006 – ainda neste ano.

Até agora, foram implantados 10,9 quilômetros de pista nova de concreto – média de pouco mais de um quilômetro por ano –, mas a pista antiga não começou a ser restaurada. Como resultado, os motoristas enfrentam desvios, trechos de asfalto irregular e buracos. As explicações para a lentidão do projeto incluem falta de dinheiro e demora na remoção de casas e comércios no trajeto da rodovia.

ESTUDO FINANCEIRO TRAVA RETOMADA DO SERVIÇO

Em razão da escassez financeira, no momento não há nem prazo exato para a retomada ou o fim dos trabalhos. Segundo o diretor- geral do Daer, Ricardo Nuñez, é preciso primeiro verificar quanto dinheiro o Piratini terá disponível. Segundo Nuñez, “a meta é concluir a duplicação neste governo”.

– Estamos fazendo levantamento para entender as dificuldades, para apresentar ao governador e ver com quanto recurso poderemos contar e o que poderemos executar neste ano e nos próximos três – sustenta o diretor do Daer.

O valor já gasto na duplicação, que foi projetada pela primeira vez em 1996, chega a R$ 65,9 milhões. Os valores originais previstos nos contratos de cada um dos três trechos licitados separadamente – o que também complica a uniformidade da duplicação – somam R$ 127,6 milhões.



Atraso motiva reocupação de terrenos já desapropriados


Em razão da letargia, alguns terrenos que já haviam sido liberados para dar lugar a nova pista voltaram a ser ocupados por moradores e comerciantes. Proprietários de uma revenda de autopeças, Éverton Trindade, 38 anos, e Fábio Trindade, 36, desocuparam há cerca de um ano uma faixa de 10 metros à margem da rodovia.

Removeram carcaças de carros e chegaram a implantar colunas da nova cerca, mais recuada, para dar espaço à nova estrada. Como ela não veio, os automóveis velhos voltaram para a beira da ERS, e a construção da cerca nova parou.

– Foi na Páscoa do ano passado que alguém passou por aqui para falar com a gente pela última vez. Como nada aconteceu, ocupamos o espaço de novo – argumenta Éverton, garantindo que volta a liberar a área se necessário.

Em outro ponto, três casebres foram reerguidos e se encontram novamente em processo de reintegração de posse. A maior parte das áreas já liberadas para a duplicação, porém, permanece vazia. Ainda falta desapropriar outros 200 terrenos de comércios e casas.



À espera de duplicação há quase 10 anos, o trecho de 22 quilômetros entre Sapucaia do Sul e Gravataí registrou 34 mortes e 1.297 acidentes nos últimos cinco anos – média de um a cada 33 horas.

A conclusão da obra, que se encontra parada desde outubro, é apontada como uma maneira de reduzir a violência no trânsito na região, onde se alternam pontos de pista simples com outros de pista dupla, desvios e locais com o pavimento deteriorado. O trecho também é considerado vital para o transporte de cargas, já que une cidades importantes da Grande Porto Alegre como Sapucaia, Esteio, Cachoeirinha e Gravataí.

– Se fosse em qualquer outro país, seria proibido o tráfego nesta estrada nas condições atuais. É um absurdo que a obra demore tanto tempo – lamenta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Estado (Setcergs), Afrânio Kieling.

No ano passado, conforme registros do Comando Rodoviário da Brigada Militar, oito das nove mortes registradas em todos os 80 quilômetros da ERS-118 ocorreram no trecho afetado pelo projeto de duplicação – com alta densidade urbana, saídas de ônibus e caminhões, entre outros focos de risco. Do começo de 2010 até o final de 2014, ocorreram 53 mortes em acidentes em toda a via.

A SITUAÇÃO POR TRECHO
1) KM 0 AO KM 5
-Construtora: Conterra
-Andamento da obra: 7%
-Valor inicial previsto:
2) KM 6 AO KM 11
-Construtora: Sultepa
-Andamento da obra: 50%
-Valor inicial previsto:
3) KM 12 AO KM 22
-Construtora: Triunfo
-Andamento da obra: 71%
-Valor inicial previsto: