Este Blog é uma censura à Guerra e mortes no trânsito estimulada por uma Constituição benevolente; leis brandas; negligência dos órgãos de trânsito; precariedade da sinalização; buracos nas vias públicas; descaso dos Poderes na mobilidade urbana; morosidade e leniência da Justiça; e um alerta a todos que conduzem seus veículos sem habilitação, estressado, briguento, armado e agindo com imperícia, imprudência e atitude criminosa, prontos para morrer ou matar por troféus de lata.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
PEDESTRES PEDEM SOCORRO CONTRA O DESRESPEITO NO TRÂNSITO
Minas. Hoje em dia lança campanha "Eu respeito a faixa de pedestre" para conscientização e prevenção de acidentes - Renato Fonseca - Do Hoje em Dia - 21/11/2011 - 07:44. 10;11
Treze anos de vigência do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não foram suficientes para motoristas assimilarem a convivência pacífica com os pedestres. A todo momento e em qualquer endereço, condutores ignoram a lei e atropelam as regras básicas da boa conduta nas vias urbanas de Belo Horizonte.
São 14 horas de uma sexta-feira, na Praça 7, Região Central de Belo Horizonte, onde um milhão de pessoas transitam diariamente. No cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, a faixa de pedestres feita para a segurança das pessoas se transforma, em questão de segundos, em uma armadilha.
Imprudente, o motociclista espera apenas o primeiro piscar do sinal de pedestre e já arranca o veículo. Um ônibus para sobre a faixa, impedindo a travessia. Minutos depois, um carro de passeio ignora o sinal vermelho e segue acelerado.
Desrespeito aos pedestres é constante no Hipercentro de Belo Horizonte (Foto: Cristiano Couto)
O comportamento inadequado, no entanto, não pode ser medido apenas pela quantidade de multas aplicadas. Em Belo Horizonte, 13 motoristas são autuados, diariamente, por desrespeitar a preferência do pedestre. Número considerado baixo, até mesmo pela BHTrans.
Mas basta uma simples volta pelo Centro da cidade para ver que a medida do desrespeito é muito maior. A constatação de que a fiscalização não pune todos os infratores é amparada também pela opinião de engenheiros de tráfego.
O engenheiro e consultor em transporte Frederico Rodrigues lembra que, em algum momento, todos são pedestres. Para ele, os motoristas de Belo Horizonte não dão a devida prioridade ao caminhante. “Para mudar essa realidade, é preciso mais multas e fiscalização, além de penas mais severas ao infrator”, afirma.
No entanto, sem a devida punição, atravessar a rua, que deveria ser um movimento corriqueiro e sem sustos, está cada vez mais arriscado em Belo Horizonte. Nas últimas semanas, várias situações de desrespeito foram flagradas em dois tipos de faixa de pedestre: com ou sem sinal de trânsito.
Via de regra, o caminhante tem prioridade absoluta sobre todos os veículos, conforme as normas gerais de circulação e conduta previstas no CTB.
A cultura enraizada na fluidez dos carros, a falta de campanhas educativas, de fiscalização e, consequentemente, de punição são apontadas como os principais motivos para o desrespeito ao pedestre.
Para especialistas em educação no trânsito, a maior parte das irregularidades cometidas, que colocam em risco a vida das pessoas, pode ser evitada com ações simples, que não vão resultar em atraso nos compromissos, mas em mais segurança.
Campanha por mais respeito
“Eu respeito a faixa de pedestre”. O Hoje em Dia abraça essa ideia e soma esforços, a partir desta segunda-feira (21), em uma campanha de conscientização para que motoristas respeitem a faixa de pedestres e para que estes não abram mão de fazer a travessia em segurança.
Nas próximas edições, serão publicadas reportagens que mostram flagrantes de descumprimento da lei e que atestam, acima de tudo, que a maioria dos cidadãos não segue regras simples de educação nas ruas e de respeito ao próximo.
Comportamento que acaba tornando o nosso dia a dia repleto de armadilhas e riscos. Para mudar essa triste realidade, é preciso aumentar a fiscalização e punir de forma mais severa os infratores.
Mas uma mudança definitiva só será sentida se houver o envolvimento de toda a sociedade, seja adotando uma postura mais civilizada ou cobrando das autoridades mais empenho na fiscalização. Há bons exemplos. Em cidades como Brasília e as mineiras Paracatu e Coronel Fabriciano, o pedestre tem vez.
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2 comentários:
Olá,
Vejo mais um triste relato de uma morte provocada por motoristas irresponsáveis: Um jovem professor de jiu-jitsu de Campinas foi atropelado, NA CALÇADA, por um veículo que participava de um “racha”. Como sempre, os participantes do “racha” estavam embriagados.
Neste País, motoristas imprudentes MATAM MUITO MAIS que homicidas e latrocidas com armas de fogo. É fato claro e simplesmente constatável nas estatísticas.
40 mil pessoas morrem por ano no Brasil devido à violência no trânsito. As armas matam de 35 a 39 mil (dependendo da fonte estatística).
Por outro lado, as penas para motoristas imprudentes, QUE SÃO POTENCIALMENTE MUITO MAIS PERIGOSOS QUE HOMICIDAS E LADRÕES ARMADOS, como mostram as estatísticas, são muito mais brandas do que para estes últimos. Como se a vida de quem foi morto com uma arma valesse menos do que a vida de quem foi morto por um idiota ao volante.
Peço que a CBN divulgue, ainda mais, o apelo pelo maior rigor na condenação de infratores de trânsito. O carro é a arma mais mortífera do Brasil e necessitamos de medidas urgentes e incisivas. Senão, daqui a um ano, teremos mais 40 mil mortos (uma cidade inteira!).
Abraços e obrigada.
AA. Com certeza. É pertinente tua conclusão pedindo "maior rigor na condenação de infratores de trânsito. O carro é a arma mais mortífera do Brasil e necessitamos de medidas urgentes e incisivas. Senão, daqui a um ano, teremos mais 40 mil mortos (uma cidade inteira!)." Entretanto, é preciso mudar a postura conivente e benevolente dos nossos congressistas votando em pessoas que querem uma nova constituição para conseguir coibir a impunidade dos criminosos no trânsito e nos crimes hediondos e mafiosos. De nada adiantam as iniciativas de conter estes crimes, se os continuar vigorando esta constituição cheia de direitos sem deveres ou contrapartidas e as atitudes omissas e benevolentes dos senadores e deputados que só querem agregar vantagens, farras e salários absurdos. A Lei seca é um exemplo de lei inútil diante da constituição. E aqueles que a elaboraram e aprovaram sabiam disto. Na justiça, esta lei foi detonada.
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