EDITORIAL ZERO HORA, 22/11/2011
Concluída há apenas três anos, a rodovia Santiago-Joia (RSC-377), que poderia contribuir para desafogar o trecho Cruz Alta-Santa Maria (BR-158), é hoje pouco utilizada, mesmo ligando uma importante região produtora de grãos com as fronteiras Oeste e Sul. A explicação está basicamente nas péssimas condições de trafegabilidade, que parecem fazê-la se esfarelar quando chove, como define um usuário.
Além de pôr em risco a integridade física de quem a utiliza, esse é o tipo de situação que impõe um custo adicional no frete, arcado no final das contas por todos os gaúchos. A deterioração num período tão curto de tempo deve ser atribuída ao fato de que as obras de pavimentação atravessaram três diferentes governos até que pudessem ser efetivamente concluídas. Ainda assim, até hoje o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) nem sequer recebeu oficialmente a conclusão da obra pela empreiteira. A situação só pode ser atribuída à incapacidade administrativa e é inconcebível.
Obras rodoviárias essenciais não podem levar tanto tempo para serem iniciadas e, mais ainda, para serem concluídas. Sempre que isso ocorre, quem perde são os gaúchos, que acabam pagando mais por um empreendimento interminável que, ao final de sua execução, já se encontra, muitas vezes, deteriorado, como ocorreu com a RSC-377.
Um Estado como o Rio Grande do Sul, que depende tanto de rodovias, não pode relegá-las ao descaso. Precisa, por isso, eleger prioridades e buscar formas de torná-las transitáveis com o máximo de eficiência.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Diante desta constatação, quem será responsabilizado e punido com devolução de valores aos cofres públicos e indenização das pessoas que se envolveram em acidentes nesta estrada?
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