Foto: Vau Hack / Arquivo Pessoal
Polêmica. Posicionamento de radar móvel da EPTC gera dúvidas e debate entre internautas. Diretor da empresa afirma que os agentes, que estavam operando o equipamento atrás de um poste, agiam dentro da lei - ZERO HORA ONLINE, 11/01/2012 | 17h16
Uma foto que mostraria dois agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) durante uma operação de fiscalização com radar móvel na Avenida Ipiranga, na Capital, causou alvoroço ao ser postada no Facebook nesta quarta-feira.
A imagem, que mostra os fiscais operando o radar atrás de um poste, já tinha sido compartilhada por mais de 800 usuários da rede social até as 17h e motivou um debate sobre a obrigatoriedade de os azuizinhos estarem ou não visíveis aos motoristas.
O local onde os agentes se posicionaram, apesar de criticado por muitos internautas e leitores de ZH, suscitou dúvidas entre os que compartilhavam a foto e postavam comentários em seus perfis. Enquanto alguns diziam que não havia nada de errado no procedimento, outros falavam até em "indústria da multa".
Por e-mail enviado ao setor de Relacionamento com o Leitor da Zero Hora, Felipe Pacheco questionou:
“Quem recebeu multa neste dia em frente à PUCRS faz como para provar que o radar estava escondido? Fica o dito pelo não dito.”
Já o estudante Giacomo De Rocchi, com quem falamos pelo bate-papo do Facebook, não vê problema no posicionamento dos fiscais e chama a atenção para a responsabilidade dos motoristas de cumprir a lei:
“As pessoas reclamam da fiscalização e não do fato de que é errado correr acima do limite de velocidade”, pondera.
Mas, deixando o terreno da opinião, é preciso esclarecer: os fiscais podem operar o radar de um local fora do campo de visão dos motoristas?
Procurado por ZH, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirmou que a operação é legal e que não há na legislação qualquer impedimento para que os fiscais se posicionem em pontos ocultos à visão dos motoristas, mas destacou que a empresa orienta os operadores de radar a ficar sempre em local visível. Foi determinado que o diretor de Trânsito da EPTC coordene a avaliação da operação de fiscalização desta quarta-feira.
Cappellari também lembrou que a posição dos radares móveis nas vias da Capital é de conhecimento público e é sempre divulgada pelos meios de comunicação. E frisou que o local onde os fiscais se posicionam na via não precisa ser encarado como um problema:
— Se o motorista respeitar o limite de velocidade, não precisa ter esse tipo de preocupação — afirmou.
A assessoria de comunicação da EPTC também divulgou a seguinte nota:
Sobre a foto que está sendo divulgada dos agentes realizando a operação do radar móvel, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informa que todas suas ações de fiscalização atendem a normas do Código de Trânsito Brasileiro. A EPTC ressalta aos condutores que o objetivo de todas suas ações é reduzir a acidentalidade, assim como as vítimas fatais no trânsito. As vias onde opera o radar móvel são divulgadas pela EPTC e pela imprensa, além de contar com placas indicativas de fiscalização. Quem respeita o limite de velocidade, que é de 60km/h, evita autuações e possíveis acidentes. Todos os equipamentos eletrônicos de fiscalização da EPTC são aferidos pelo Inmetro, conforme a legislação de trânsito.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Infelizmente, os agentes de trânsito preferem multar pelas costas do que abordar os infratores. A propósito: quantos programas de prevenção e orientação para um trânsito seguro são desenvolvidos pela EPTC para os condutores de Porto Alegre?
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