ZERO HORA 18 de dezembro de 2013 | N° 17648
A PARTIR DE JANEIRO. Prazo para instalar itens de segurança está mantido, afirma ministro, mas Kombi pode ser exceção
Pelo visto, a reação dos consumidores pesou. O governo brasileiro se rendeu e manteve a exigência de airbag e freio ABS em todos os carros produzidos no país a partir de janeiro próximo.
A única exceção poderá ser a Kombi. Na quarta-feira passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cogitou adiar o cronograma estabelecido em 2009 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em dois anos sob justificativa de risco de alta nos preços e demissões em fábricas.
Especialistas em trânsito e entidades de defesa do consumidor criticaram a possibilidade de prorrogação. Em países desenvolvidos, o airbag já vem de fábrica. Nos EUA, é obrigatório desde 1998, e na União Europeia, é item básico desde 2007. Ontem, após se reunir com representantes de montadoras e sindicatos, Mantega confirmou que o prazo será mantido.
– Não vamos modificar o calendário do Contran, 100% dos automóveis terão de ter ABS e airbag – disse.
A Kombi pode ser a exceção à regra e ganhar uma sobrevida de três anos. Segundo Mantega, até o momento, todas as empresas concorrentes concordaram com essa possibilidade, mas a decisão ficará para a próxima semana.
IPI vai subir e veículos devem ter preço mais alto
Mantega disse ainda que as empresas vão se comprometer a absorver os trabalhadores que podem ser demitidos por conta da mudança. A medida ameaçaria cerca de 4 mil empregos no caso da Kombi, por exemplo – 950 na Volkswagen e 3.050 nos fornecedores das autopeças.
– Vão promover a absorção de trabalhadores dentro da própria fábrica ou mesmo outras fábricas se comprometeram a ajudar, minimizando o problema maior, que fica nas autopeças – explicou Mantega.
O ministro acrescentou que as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) serão elevadas ao seu percentual original no começo de 2014. Mantega comentou que, para esta situação, o governo não voltará atrás e o tributo subirá, pois a redução não é uma solução para o setor. Com isso, somada à exigência de airbag e freio ABS em todos os veículos, os preços devem aumentar.
A principal pressão para adiar os itens de segurança obrigatórios veio de sindicatos de trabalhadores da região do ABC paulista. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC contatou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para alertar sobre as demissões no setor a partir da exigência. Pimentel levou o assunto à presidente Dilma Rousseff, que, a princípio, relutava mudar o cronograma. Ao saber do risco de dispensas, pediu a Mantega para encontrar uma solução.
VAIVÉM DE MANTEGA
NO ÚLTIMO DIA 12 - “A proposta mais viável seria, em vez de passar de 60% para 100%, passar de 60% para 80% no ano que vem, e, no ano seguinte, passar para 100%. Dar um prazo de adaptação.”
ONTEM - “Nós vínhamos discutindo essa questão dos itens de segurança preocupados com o impacto no emprego no setor, principalmente em autopeças, aumento de preços de custos e nas vendas em 2014. Não deve ser adiada a introdução dos itens de segurança.”
A PARTIR DE JANEIRO. Prazo para instalar itens de segurança está mantido, afirma ministro, mas Kombi pode ser exceção
Pelo visto, a reação dos consumidores pesou. O governo brasileiro se rendeu e manteve a exigência de airbag e freio ABS em todos os carros produzidos no país a partir de janeiro próximo.
A única exceção poderá ser a Kombi. Na quarta-feira passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cogitou adiar o cronograma estabelecido em 2009 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em dois anos sob justificativa de risco de alta nos preços e demissões em fábricas.
Especialistas em trânsito e entidades de defesa do consumidor criticaram a possibilidade de prorrogação. Em países desenvolvidos, o airbag já vem de fábrica. Nos EUA, é obrigatório desde 1998, e na União Europeia, é item básico desde 2007. Ontem, após se reunir com representantes de montadoras e sindicatos, Mantega confirmou que o prazo será mantido.
– Não vamos modificar o calendário do Contran, 100% dos automóveis terão de ter ABS e airbag – disse.
A Kombi pode ser a exceção à regra e ganhar uma sobrevida de três anos. Segundo Mantega, até o momento, todas as empresas concorrentes concordaram com essa possibilidade, mas a decisão ficará para a próxima semana.
IPI vai subir e veículos devem ter preço mais alto
Mantega disse ainda que as empresas vão se comprometer a absorver os trabalhadores que podem ser demitidos por conta da mudança. A medida ameaçaria cerca de 4 mil empregos no caso da Kombi, por exemplo – 950 na Volkswagen e 3.050 nos fornecedores das autopeças.
– Vão promover a absorção de trabalhadores dentro da própria fábrica ou mesmo outras fábricas se comprometeram a ajudar, minimizando o problema maior, que fica nas autopeças – explicou Mantega.
O ministro acrescentou que as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) serão elevadas ao seu percentual original no começo de 2014. Mantega comentou que, para esta situação, o governo não voltará atrás e o tributo subirá, pois a redução não é uma solução para o setor. Com isso, somada à exigência de airbag e freio ABS em todos os veículos, os preços devem aumentar.
A principal pressão para adiar os itens de segurança obrigatórios veio de sindicatos de trabalhadores da região do ABC paulista. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC contatou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para alertar sobre as demissões no setor a partir da exigência. Pimentel levou o assunto à presidente Dilma Rousseff, que, a princípio, relutava mudar o cronograma. Ao saber do risco de dispensas, pediu a Mantega para encontrar uma solução.
VAIVÉM DE MANTEGA
NO ÚLTIMO DIA 12 - “A proposta mais viável seria, em vez de passar de 60% para 100%, passar de 60% para 80% no ano que vem, e, no ano seguinte, passar para 100%. Dar um prazo de adaptação.”
ONTEM - “Nós vínhamos discutindo essa questão dos itens de segurança preocupados com o impacto no emprego no setor, principalmente em autopeças, aumento de preços de custos e nas vendas em 2014. Não deve ser adiada a introdução dos itens de segurança.”
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