terça-feira, 17 de dezembro de 2013

COMPORTAMENTO DE RISCO


ZERO HORA 17 de dezembro de 2013 | N° 17647

EDITORIAIS




O aumento no número de detenções de motoristas embriagados nas estradas gaúchas, resultante da maior ação policial depois do respaldo da nova Lei Seca, evidencia a necessidade de uma mudança cultural. Já não basta apenas que a legislação rigorosa iniba os infratores. É essencial, também, que a sociedade se envolva no controle dos irresponsáveis uma vez que eles representam real perigo para todos.

Os pilares fundamentais para o trânsito seguro, de acordo com os especialistas, são a legislação, a educação e a fiscalização, desdobrando-se este último também na punição dos responsáveis por infrações. Leis não faltam. A vigilância tem aumentado na medida em que os policiais ganham respaldo legal para agir. O que ainda falta é a conscientização, indispensável para a formação de uma cultura coletiva de prevenção de acidentes.

E cada cidadão, sendo motorista ou não, tem alguma contribuição a dar neste aspecto. Basta se manter vigilante e argumentar com parentes, amigos e conhecidos para que não assumam comportamento de risco. E, em casos de real perigo, comunicar imediatamente às autoridades para que interfiram. Beber e dirigir não é apenas um delito de trânsito: é um atentado contra toda a sociedade. As punições certamente contribuem para a redução de tais comportamentos, mas a rejeição de amigos e parentes pode ter um poder de convencimento maior até mesmo porque a penalização costuma ocorrer depois da infração cometida. Já o conselho, o questionamento e a reprimenda são preventivos. E sempre é melhor evitar a tragédia do que punir os responsáveis.

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