sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

AIRBAG E ABS SÃO INDISPENSÁVEIS À SEGURANÇA


JORNAL DO COMERCIO 20/12/2013


José Sérgio Nandi Florencio


Noticiou-se em todos os meios de comunicação a importância ou não da exigência do governo para as montadoras instalarem o air bag e freios ABS em todos os carros nacionais a partir de 2014. Diante dessa polêmica, foi noticiado na Voz do Brasil que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que vai ser mantida a exigência dos referidos equipamentos/acessórios na fabricação dos novos veículos nacionais, com exceção do veículo VW/Kombi que deixará de ser fabricada por não se adaptar às exigências da lei. A Lei nº 11.910, de 18/3/2009, que altera o artigo 105 da Lei 9.503, de 23/9/1997, que instituiu o CTB, estabelece a partir de 2014 a obrigatoriedade de uso do equipamento de retenção – air bag. Portanto, em 1997, houve grande discussão entre especialistas e governo (prós e contra) sobre a importância de ser mantida no CTB a exigência do air bag como equipamento obrigatório em veículos populares chamados motor 1.0, mas infelizmente foi vetado pelo então presidente da República. As montadoras preocuparam-se com um acréscimo no valor dos veículos entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Mais de 15 anos da vigência do CTB e especialistas em segurança no trânsito acreditam que teria ocorrido redução no número de mortes se não tivesse sido vetado, pois a maior incidência de tipo de acidente nas estradas é o frontal.

Estudos e crash tests nos laboratórios de segurança veicular da Volvo, Fiat e outras marcas comprovaram que equipamentos como air bag, cinto de segurança, protetor de cabeça e vidro laminado, em ação conjunta, salvam vidas e diminuem os ferimentos em até 80%. O número de acidentes não para de subir, com a média de 43 mil mortos por ano, o que nos coloca em quarto lugar no mundo nesse ranking terrível. Urge que sejam intensificados os combates aos excessos no trânsito, como a velocidade e o alcoolismo. Precisamos de mais policiais e melhores equipamentos. O Brasil fez um pacto com a Organização das Nações Unidas (ONU) para reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2020.

Professor e especialista em segurança no trânsito

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