LEI SECA, UM ANO DE MAIS RIGOR
A ampla divulgação das mudanças e dos procedimentos a que motoristas podem ser submetidos fez com que muitos temessem a punição e, com isso, alterassem alguns costumes no trânsito ao longo deste ano. Para o juiz aposentado e advogado de causas no trânsito Nei Pires Mitidiero, o rigor inibiu que muitas pessoas continuassem ingerindo álcool antes de pegar o volante:
– As pessoas pensam três vezes antes de beber, porque sabem que podem parar na delegacia, arcar com fiança e um processo criminal.
No entanto, a conscientização, especialmente entre os mais novos, ainda não atingiu o nível necessário, acredita o sociólogo e especialista em educação e segurança no trânsito, Eduardo Biavati. Para ele, a fiscalização é fundamental no processo de mudança do comportamento:
– A nova lei deu mais ferramentas e mais poder, mas ainda estamos esperando uma expansão da fiscalização para dar mais resultado. Queria ouvir jovens dizendo “não vou nem arriscar”, mas eles sabem que é muito difícil ser pego em blitz, é uma questão de dar o “azar” de encontrar uma.
Para o comandante do Comando Rodoviário da Brigada Militar, coronel Fernando Alberto Grillo Moreira, a nova legislação facilitou o enquadramento de condutores, mas a mudança de comportamento é parcial:
– Em alguns locais e horários, percebemos que há um maior cuidado dos motoristas. Mas em outras situações percebemos que as pessoas ainda bebem e dirigem.
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