Este Blog é uma censura à Guerra e mortes no trânsito estimulada por uma Constituição benevolente; leis brandas; negligência dos órgãos de trânsito; precariedade da sinalização; buracos nas vias públicas; descaso dos Poderes na mobilidade urbana; morosidade e leniência da Justiça; e um alerta a todos que conduzem seus veículos sem habilitação, estressado, briguento, armado e agindo com imperícia, imprudência e atitude criminosa, prontos para morrer ou matar por troféus de lata.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
ÔNIBUS AVANÇA NA CALÇADA, MATA GRÁVIDA E IDOSA E FERE OITO PESSOAS
TRAGÉDIA EM GRAVATAÍ. Ônibus mata dois em parada. Grávida e idosa morreram e oito ficaram feridos depois do choque entre carro-forte e um ônibus que avançou sobre a calçada. NILSON MARIANO, ZERO HORA 06/12/2011
A colisão entre um carro-forte e um ônibus, ocorrida em pleno centro de Gravataí, por volta das 17h30min de ontem, provocou duas mortes e deixou oito pessoas feridas. A maior parte das vítimas estava na parada de ônibus. Rúbia Beatriz Oliveira Oltz, 18 anos, que estava grávida, e Marilda Gomes Goularte, 63 anos, morreram no Hospital Dom João Becker. Ambas sofreram ferimentos ao ficarem presas nas ferragens.
Oacidente aconteceu num dos pontos mais movimentados de Gravataí. O ônibus da Sogil descia pela Rua Coronel Sarmento quando foi atingido pelo blindado da Proforte – Transporte de Valores, que vinha pela Rua Coronel Fonseca. Com o impacto do choque, o coletivo foi empurrado contra a parada de ônibus da Coronel Sarmento, onde estavam as vítimas.
O comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Gravataí, major Vanderlei Padilha, disse que apenas dois passageiros do ônibus se feriram, sem gravidade. Os dois motoristas ficaram ilesos. No entanto, oito das pessoas que aguardavam na parada foram colhidas pelo ônibus.
– Menos mal que o socorro foi rápido, e o hospital fica a duas quadras do local – observou o oficial.
Uma das mortas, Rúbia Oltz, ficou debaixo das ferragens. Ela estava grávida de seis meses, pelo cálculo do obstetra do Dom João Becker. O outro filho de Rúbia, João Vítor, três anos, sobreviveu. A outra vítima, Marilda Goularte, sofreu fratura exposta nas pernas e traumatismo na bacia. Morreu em consequência dos ferimentos.
Na noite de ontem, a diretora do Hospital Dom João Becker, irmã Antônia Iraci Andres, informou que os oito feridos não corriam risco de vida. Quatro deles já tiveram alta.
Titular da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Gravataí, Anderson Spier compareceu ao local do acidente. Ele pretendia ouvir os motoristas ainda ontem. Spier pediu perícia no carro-forte e no ônibus, porque não percebeu sinais de freamento no asfalto das ruas.
Sobrevivente, homem ficou embaixo do veículo
Pelo levantamento preliminar e visual, Spier deduziu que o ônibus estava na preferencial, já havia transposto o cruzamento quando foi alcançado pelo carro-forte. O delegado mandou recolher o blindado, com placas de São Paulo, para examinar os freios.
Um dos atropelados, Fábio Maciel Tavares, 41 anos, conversava com Rúbia na parada de ônibus quando foi surpreendido pelo acidente. Falavam justamente sobre o transporte coletivo de Gravataí. Fábio também ficou debaixo do ônibus, machucado no braço e na cabeça, mas conseguiu escapar.
– O ônibus veio destruindo a parada. Pensei que iria parar antes de me atingir, mas não parou – lembrou em frente ao hospital, ao ser liberado.
Momentos de aflição entre familiares
Parentes das vítimas da colisão entre o carro-forte e o ônibus de passageiros se concentraram na frente do Hospital Dom João Becker, no centro de Gravataí, em busca de informações.
Três filhos de Marilda Gomes Goularte, uma das mortas, estavam inconsoláveis. Rosane, Simone e Guilherme não entendiam como a mãe poderia ter sido atropelada numa parada de ônibus, num ponto onde pedestres deveriam receber a preferência.
Como trabalha próximo ao local do acidente, Guilherme Goularte, 15 anos, ainda viu a mãe debaixo das ferragens retorcidas. Testemunhou a dor de outros feridos, o cenário de destruição. A cobertura da parada de passageiros na Rua Coronel Sarmento quebrou o para-brisa do ônibus. A avaliação de policiais militares é de que o acidente poderia ter sido ainda mais trágico.
Acompanhado das irmãs, Guilherme correu para o Hospital Dom João Becker, onde se encontrou com os familiares de outros feridos. Em todos, a aflição na busca de informações. Funcionárias da Sogil também foram ao hospital, prontificaram-se a ajudar os feridos e seus familiares.
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