segunda-feira, 11 de março de 2013

UMA ALTERNATIVA AO ASFALTO


ZERO HORA 11 de março de 2013 | N° 17368

MEDIDAS CONTRA O ATRASO


Embora mais caro na fase de construção, o concreto de cimento portland (CCP) é considerado alternativa para elevar a vida útil das rodovias e, ao longo dos anos, pelo menor custo de manutenção na comparação com o asfalto. No entanto, devido à visão de curto prazo dos governos e problemas de caixa, ainda é pouco usado em rodovias no país – são menos de 5 mil quilômetros.

– O concreto, se bem executado, dura muito e é uma solução para o tráfego pesado – diz o professor Washington Peres Núñez, pesquisador do Laboratório de Pavimentos da UFRGS.

Mas o material não é a solução em todos os casos, ressalta o especialista. O concreto não é recomendado em regiões com solos considerados moles, próximos da água.

Inaugurada em 1977, a ERS-118, na Região Metropolitana, foi uma das primeira rodovias do Estado pavimentadas com concreto, utilizado novamente nas obras de duplicação em andamento na estrada. No sul do Estado, 27 quilômetros da duplicação da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, também foram construídos com pavimento rígido. Outro exemplo é um segmento de 17 quilômetros da freeway, no sentido Litoral-Porto Alegre.

– Era um trecho em que a única solução era a reconstrução. Optamos pelo concreto porque não haveria a necessidade de intervenções pesadas a cada oito anos. Então, apesar do custo inicial ser mais alto, no fim seria mais baixo – explica Thiago Vitorello, diretor de engenharia e operações da Concepa, lembrando que, à época, no ano 2000, a empresa tinha pela frente 17 anos de concessão.

Por ser mais rugoso, o concreto conta ainda com a vantagem da segurança. Proporciona mais aderência, principalmente quando há água na pista.

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