Estradas com reforço de policiais e de motocicletas. Polícias rodoviárias Estadual e Federal tentam evitar novo massacre durante o feriadão - ZERO HORA 23/06/2011
A ideia é não repetir o ano passado, quando o feriado de Corpus Christi produziu 35 mortes no trânsito gaúcho. Para evitar a reprodução do massacre, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) apostam no reforço dos efetivos.
Odomingo é o dia que mais preocupa a PRF porque concentrará o retorno do feriado. A saída começou ontem e seguirá pulverizada entre hoje, amanhã e sábado. Corpus Christi é considerado a data mais fraca de movimentação em direção ao Litoral. Por isso, a PRF concentrará esforços na rodovia Pelotas-Vacaria (BR-116). A perspectiva é de grande movimento em direção a Pelotas, onde ocorre a Fenadoce, e à Serra. As compras na fronteira também deverão estar em alta, o que inclui Jaguarão, Chuí, e Santana do Livramento – o que insere a rodovia Porto Alegre-Uruguaiana (BR-290) no mapa de atenção da PRF.
O efetivo da PRF estará reforçado em 20%. O alerta que a corporação faz é para a possibilidade de chuva. A preocupação é muito grande com a previsão de mau tempo, que vai até sábado. Por isso, a recomendação é para que os condutores redobrem a atenção e reduzam a velocidade em pelo menos 20% no caso de a pista estar molhada.
– No último Corpus Christi, o excesso de velocidade foi a infração mais cometida, mas também houve as ultrapassagens e a falta do uso do cinto de segurança. Esperamos que este ano seja mais tranquilo – afirma o inspetor Alessandro Castro, da Comunicação Social da PRF.
O CRBM tem uma tática um pouco diferente da PRF. O Litoral será priorizado, assim como a Serra. Há um mês no cargo de comandante do CRBM, o coronel Hermito Cesar Bortoluzzi – ex-comandante do Corpo de Bombeiros – tenta se adaptar à função enquanto planeja a operação que pode conter uma nova mortandade nas estradas estaduais. O uso de 25 policiais em motocicletas é uma das armas para acompanhar o tráfego durante os próximos quatro dias.
– As motos têm maior capacidade de deslocamento, e podem nos ajudar para que não haja problemas no trânsito – diz.
Os últimos anos
- 2001 – 10 mortes
- 2002 – 16 mortes
- 2003 – 19 mortes
- 2004 – 15 mortes
- 2005 – 24 mortes
- 2006 – 5 mortes
- 2007 – 18 mortes
- 2008 – 18 mortes
- 2009 – 19 mortes
- 2010 – 35 mortes
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Só medidas punitivas não reduzem os acidentes e as mortes no trânsito. É preciso patrulhamento permanente e efetivo nas ruas e rodovias. Nunca comandei a polícia rodoviária, mas se tivesse esta oportunidades não abriria mão de aplicar com mais intensidade o patrulhamento com motocicletas pelo dinamismo, eficácia e economia deste processo. Com a presença em potencial de duplas de patrulheiros motociclistas, o policiamento preventivo poderia ampliar sua mobilidade ao longo das rodovias, gastando pouco e inibindo as infrações nos locais de maior risco. Em apoio, uma guarnição com viatura permaneceria no trecho, em ponto fixo ou em deslocamento, também atuando. Na reserva, o órgão responsável pelo policiamento de trânsito poderia manter uma guarnição de policiais de moto para realizar o apoio de contenção e as operações de inopino em locais variados. Com estas medidas, os condutores teriam mais segurança e os infratores temeriam ser flagrados e penalizados.
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