terça-feira, 12 de junho de 2012

OS NÚMERO DO TRÂNSITO

EDITORIAL ZERO HORA 12/06/2012


Comparadas às dos países desenvolvidos de maneira geral, as estatísticas de mortes no trânsito no Estado continuam absurdamente elevadas, mas algumas providências adotadas na tentativa de freá-las começam a indicar resultados promissores. Nos primeiros quatro meses deste ano, houve uma redução de 6% no número de mortos em consequência de acidentes automobilísticos, em comparação com o mesmo período de 2011. Como no último ano já havia sido registrada uma queda de 7% em relação a 2010, mesmo com o aumento de 6% no número de veículos em circulação, o total divulgado agora pode ser visto como um indicativo importante do acerto do recrudescimento da fiscalização e da estratégia adotada para intensificá-la.

A queda se deve em grande parte à multiplicação de ações como o Balada Segura e o Viagem Segura, mas sobretudo ao fato de, finalmente, organismos de trânsito de diferentes instâncias da federação terem se convencido da importância de uma atuação conjunta. Com a iniciativa, não há mais razões para alegações de falta de pessoal ou de recursos financeiros para as blitze e as fiscalizações. Esse tipo de queixa é ainda menos aceitável no caso específico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que acaba de ser autorizado a reajustar suas taxas.

A melhora nas estatísticas, porém, não atenua o fato de o Rio Grande do Sul ainda exibir estatísticas na faixa de 18 vítimas por 100 mil habitantes. O índice é até três vezes mais do que o verificado em países desenvolvidos, dando uma ideia do quanto ainda é possível evoluir nessa área.

Os resultados demonstram também que não basta uma lei rígida e moderna, como o Código de Trânsito Brasileiro, se não há a disposição de fiscalização. E não podem ocultar a necessidade de o Estado e o país persistirem também na conscientização permanente sobre os riscos em potencial do trânsito.

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