TRÂNSITO MAIS SEGURO
Integração entre órgãos e operações contra uso de álcool contribuem para a queda de 6% no número de vítimas no Estado - MARCELO GONZATTO - ZERO HORA 11/06/2012
A
aplicação de receita europeia no trânsito gaúcho contribuiu para poupar
38 vidas nos primeiros quatro meses do ano, o que representa uma
redução de 6% no número de mortos em comparação com o mesmo período do
ano passado. A freada imposta à violência viária é atribuída à
combinação de maior rigor na fiscalização com integração entre órgãos
municipais, estaduais e federais.
A diminuição nas mortes segue tendência verificada ano ano passado, quando foi registrado um recuo de 7% na quantidade de vítimas em relação a 2010. O dado é mais significativo quando se avalia que a frota em circulação vem aumentando acima de 6% ao ano. Uma das explicações para a curva descendente da violência viária é o aperto na fiscalização, em operações como Balada Segura (com foco na repressão ao uso do álcool na direção) e Viagem Segura (que controla rodovias em feriados).
A Balada Segura, realizada em cinco cidades, será lançada hoje em Guaíba e até o final do ano deverá dobrar a área de atuação. A Viagem Segura, que em todas edições já abordou mais de um milhão de veículos desde 2011, até ontem à tarde havia fiscalizado mais de 85 mil automóveis no feriadão de Corpus Christi. A fórmula gaúcha segue outra filosofia, reforçada em visita de representantes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) à França e à Espanha: a integração entre as autoridades de trânsito.
– Atribuo a tendência de queda a uma nova forma de gestão, conjunta entre municípios, Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Conselho Estadual de Trânsito e Detran. A integração é o grande segredo de países como a França e a Espanha – sustenta o diretor-presidente do Detran, Alessandro Barcellos.
Outro exemplo dessa integração pôde ser visto ontem. Enquanto antigamente cada órgão de trânsito contabilizava as vítimas nas vias sob sua jurisdição durante os feriados, agora as informações são centralizadas no Detran e monitoradas em tempo real.
Estado registra índices acima dos aceitáveis
A redução no número de vítimas registrada desde 2011, porém, ainda não coloca o Estado em uma situação confortável. Enquanto países desenvolvidos registram entre seis e sete vítimas por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Sul contabiliza um índice de 18 por 100 mil, segundo o Detran.
– Estamos trabalhando para chegar a níveis mínimos de convivência no trânsito, dos quais ainda estamos longe. Temos de enfrentar mais alguns temas como o excesso de velocidade, que preocupa – diz Barcellos, revelando que colegas dos Detrans de Paraná, São Paulo e Rondônia já vieram conhecer a receita do Estado.
O professor do Laboratório de Sistemas de Transportes da UFRGS João Fortini Albano afirma que a tendência de queda é promissora, embora deva ser acompanhada para descartar a possibilidade de variações casuais.
– Essas ações de integração demoraram até demais para acontecer. Estamos no caminho certo, mas é preciso ampliar ainda mais as blitze e as fiscalizações. E dinheiro não deve faltar, já que as taxas do Detran foram reajustadas – observa Albano.
A diminuição nas mortes segue tendência verificada ano ano passado, quando foi registrado um recuo de 7% na quantidade de vítimas em relação a 2010. O dado é mais significativo quando se avalia que a frota em circulação vem aumentando acima de 6% ao ano. Uma das explicações para a curva descendente da violência viária é o aperto na fiscalização, em operações como Balada Segura (com foco na repressão ao uso do álcool na direção) e Viagem Segura (que controla rodovias em feriados).
A Balada Segura, realizada em cinco cidades, será lançada hoje em Guaíba e até o final do ano deverá dobrar a área de atuação. A Viagem Segura, que em todas edições já abordou mais de um milhão de veículos desde 2011, até ontem à tarde havia fiscalizado mais de 85 mil automóveis no feriadão de Corpus Christi. A fórmula gaúcha segue outra filosofia, reforçada em visita de representantes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) à França e à Espanha: a integração entre as autoridades de trânsito.
– Atribuo a tendência de queda a uma nova forma de gestão, conjunta entre municípios, Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Conselho Estadual de Trânsito e Detran. A integração é o grande segredo de países como a França e a Espanha – sustenta o diretor-presidente do Detran, Alessandro Barcellos.
Outro exemplo dessa integração pôde ser visto ontem. Enquanto antigamente cada órgão de trânsito contabilizava as vítimas nas vias sob sua jurisdição durante os feriados, agora as informações são centralizadas no Detran e monitoradas em tempo real.
Estado registra índices acima dos aceitáveis
A redução no número de vítimas registrada desde 2011, porém, ainda não coloca o Estado em uma situação confortável. Enquanto países desenvolvidos registram entre seis e sete vítimas por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Sul contabiliza um índice de 18 por 100 mil, segundo o Detran.
– Estamos trabalhando para chegar a níveis mínimos de convivência no trânsito, dos quais ainda estamos longe. Temos de enfrentar mais alguns temas como o excesso de velocidade, que preocupa – diz Barcellos, revelando que colegas dos Detrans de Paraná, São Paulo e Rondônia já vieram conhecer a receita do Estado.
O professor do Laboratório de Sistemas de Transportes da UFRGS João Fortini Albano afirma que a tendência de queda é promissora, embora deva ser acompanhada para descartar a possibilidade de variações casuais.
– Essas ações de integração demoraram até demais para acontecer. Estamos no caminho certo, mas é preciso ampliar ainda mais as blitze e as fiscalizações. E dinheiro não deve faltar, já que as taxas do Detran foram reajustadas – observa Albano.
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