sexta-feira, 29 de junho de 2012

CADEIRINHAS QUE SALVAM

ZERO HORA, 29 de junho de 2012 | N° 17115

O anjo da guarda no banco traseiro. 
Aumento de infrações no Estado neste ano reafirma a importância do equipamento nos carros 

LETÍCIA COSTA 


A obrigatoriedade do uso de um equipamento de segurança especial para crianças nos veículos já é conhecida por pais que zelam pela vida carregada no banco traseiro. Prevista em lei desde 2010, a norma, porém, não tem sido cumprida. Nos primeiros cinco meses deste ano, verifica-se um aumento de 14% no número de infrações aplicadas a motoristas que transportavam os pequenos sem proteção adequada.

Para alertar sobre a importância do uso do bebê conforto, cadeira de segurança e assento de elevação durante o crescimento da criança, a instituição espanhola Fundación MAPFRE apresenta hoje, na Capital, um estudo que aponta que, em 2009, 1.550 crianças (de zero a 14 anos) morreram em acidentes de trânsito no Brasil. Metade delas estava sem a proteção adequada. Segundo o diretor do Instituto de Segurança Viária da MAPFRE, Julio Laria del Vas, dados atuais apontam um crescimento das vítimas em 2010. Com o aumento da frota, o número já teria chegado a 1,8 mil vítimas, sendo que 80% das mortes poderiam ter sido evitadas se as crianças estivessem sendo levadas de forma correta.

Números do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS) demonstram que de janeiro a maio o número de infrações deste tipo aumentou 14% quando comparadas às autuações de 2011 e 2012 no Rio Grande do Sul. O crescimento pode estar atrelado a uma maior fiscalização por parte dos órgãos de trânsito e preocupa o diretor-técnico do Detran/ RS, Ildo Mário Szinvelski.

– Qualquer frenagem ou parada brusca a criança é jogada para fora do veículo se está sem proteção – ressalta Szinvelski.

A relações públicas Natacha Gastal, 26 anos, mãe de Pedro Gastal Chelkanoff, de um ano e seis meses, conheceu na pele a importância de sempre proteger o pequeno. Em janeiro deste ano, quando retornava com o filho e o marido do Uruguai de carro, um cervo cruzou na estrada e colidiu com o veículo. No impacto, Natacha, que estava no banco traseiro com o cinto de segurança, bateu no banco dianteiro, assim como o marido, que também foi projetado para a frente. O susto da freada brusca ganhou um alento quando ela olhou para o filho que estava devidamente preso no bebê conforto.

– Ele nem se assustou, continuou dormindo. Tive a certeza da diferença que a cadeirinha faz – relembra.




terça-feira, 26 de junho de 2012

IMPRUDÊNCIA ALAVANCA MORTES EM MOTOS


RISCO EM DUAS RODAS - ITAMAR MELO, ZERO HORA 26/06/2012




Já se sabia que o alto índice de mortos e feridos em acidentes com motos decorria da situação de desproteção de quem está sobre duas rodas. Mas uma pesquisa recém-concluída pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) revela que há outro importante fator envolvido: a irresponsabilidade dos motociclistas.

Conforme o Mapa da Acidentalidade Estadual com Foco em Motocicletas, dos 2.452 condutores de moto que se envolveram em acidentes fatais entre 2007 e 2010, 27% não tinham habilitação. A falta de carteira foi a terceira infração mais cometida por motociclistas de 2007 até o ano passado, com 36,3 mil casos. Entre os motoristas de automóveis, essa é apenas a nona infração mais comum.

As estatísticas sugerem, ainda, que muitos dos pilotos sequer têm idade para se habilitar. Entre 2007 e 2008, 138 adolescentes com idade entre 15 e 17 anos morreram em acidentes envolvendo motos – 82 estavam ao guidão. De janeiro a maio de 2012, 29% dos mortos do trânsito gaúcho estavam sobre uma moto.

– Está faltando consciência e responsabilidade – afirma Ildo Mário Szinvelski, diretor-técnico do Detran/RS.

Mais óbitos nos finais de semana

Um dos principais agravantes é a facilidade para comprar uma moto – hoje é possível dividir o custo em 60 vezes, com parcelas que, para muitos, significam menos do que o gasto mensal em passagem de ônibus.

– Está tão barato que até menores de idade estão comprando. No meio rural, os gaúchos estão trocando o cavalo pela moto – observa João Fortini Albano, professor do Laboratório de Sistemas de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O estudo mostra que metade das mortes atinge pessoas com menos de 30 anos – especialmente na faixa dos 18 aos 24. Os óbitos ocorrem mais à noite e nos fins de semana.

Segundo Szinvelski, o Detran tem trabalhado com Centros de Formação de Condutores para reforçar a educação dos candidatos a motociclista. O órgão também elaborou, com o Sindicato dos Motociclistas Profissionais (Sindimoto), uma cartilha com dicas de segurança. Entre 2009 e 2011, o SUS pagou a internação de 3.534 motociclistas gaúchos feridos em acidentes. A conta foi de R$ 4,8 milhões.

Detran irá propor mudança na formação

O Detran gaúcho vai apresentar, no próximo mês, um conjunto de propostas para mudar a legislação brasileira que rege a formação e a habilitação dos condutores de motos. A intenção é mexer no Código de Trânsito Brasileiro e em resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para preparar melhor os condutores.Técnicos do departamento estão concluindo o estudo, motivado pelas estatísticas envolvendo motociclistas. As propostas serão oficializadas no encontro da Associação Nacional dos Detrans, na Capital, em julho.

O diretor-técnico do órgão, Ildo Mário Szinvelski, não detalha que alterações serão sugeridas, mas antecipa que elas incidirão sobre questões como aulas práticas e ampliação de carga horária.

– Os números apontam que é preciso qualificar os condutores. Precisamos de um reposicionamento pedagógico – afirma.

A formação de motociclistas é considerada deficiente por especialistas. Uma das críticas é sobre a falta de aulas nas ruas. Para a vice-presidente da Associação dos Motociclistas do Rio Grande do Sul, Lorena Herte de Moraes, a formação é inferior à que se dá a motoristas de carros – apesar de a moto deixar o condutor mais vulnerável:

– As aulas não preparam para as situações que serão encontradas. Minha filha acabou de tirar a carteira para moto e não tenho coragem de deixá-la andar sem um curso de pilotagem.

Estado chega a 1 milhão de motos
O ano de 2012 entrará para os anais como aquele em que a frota de motos do Rio Grande do Sul ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 1 milhão. Em maio, o número chegou a 1.009.213.

O ritmo de crescimento tem sido superior ao da frota em geral. Enquanto esta aumentou 30,5% de 2007 a 2011, o número de motocicletas cresceu 35,6%. Elas já são 20% da frota.

O número de motociclistas também cresce em ritmo mais acelerado do que o de motoristas em geral. Em maio, eram 1,5 milhão.




domingo, 24 de junho de 2012

AS INFRAÇÕES LEVES

OPINIÃO O Estado de S.Paulo - 24/06/2012


Ao regulamentar o artigo 267 do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), que prevê a pena de advertência por escrito, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) finalmente propiciou uma alternativa para a punição das infrações classificadas como "leves" e "médias".

Sob o pretexto de que o artigo 267 do CBT não podia ser aplicado por falta de regulamentação de alcance nacional e por problemas técnicos, em muitos Estados e municípios as autoridades de trânsito multam indiscriminadamente, quando poderiam advertir por escrito os motoristas flagrados dirigindo sem documentação do veículo, guiando com farol aceso ou luzes queimadas, falando ao celular, fechando cruzamentos, desrespeitando o rodízio municipal ou estacionando em calçadas e faixas de pedestres.

A legislação de trânsito classifica as infrações em três níveis - leves, médias e gravíssimas - e prevê sanções diferenciadas para cada uma delas. Contudo, as autoridades de trânsito há muito tempo desfiguraram o espírito do Código, convertendo as multas em fonte de arrecadação - inclusive com a imposição de metas de produtividade aos órgãos e agentes de fiscalização.

A Prefeitura Municipal de São Paulo, por exemplo, tem até previsão de receita de multa de trânsito. Para este ano, por exemplo, ela estima arrecadar R$ 800 milhões. Mais da metade desse valor decorre de aplicação de multas por excesso de velocidade em até 20% acima do limite da via, desrespeito ao rodízio e estacionamento irregular - ou seja, infrações que a lei classifica como "leves" e "médias" e que podem ser punidas com advertência por escrito. Só nos primeiros cinco meses de 2012, a CET aplicou 187.686 multas - no valor de R$ 85,13 cada uma - a motoristas flagrados falando ao celular. Essa também é uma infração que o CBT classifica como "média".

As sanções de trânsito têm um caráter basicamente educativo, procurando disseminar a condução responsável. É por esse motivo que a legislação de trânsito exige que o produto das multas seja aplicado em campanhas de sensibilização, orientação e educação - determinação que vem sendo descumprida de forma sistemática e acintosa por muitos Estados e municípios.

As regras impostas pela regulamentação do artigo 267, pelo Contran, começarão a valer em 1.º de janeiro do próximo ano. Elas beneficiam os motoristas "primários" - aqueles que não foram flagrados cometendo a mesma infração de trânsito nos últimos 12 meses. A regulamentação também dá aos motoristas sem antecedentes o direito de pedir que a multa seja convertida em advertência por escrito em até 15 dias depois do recebimento da notificação da infração.

No entanto, se o pedido for indeferido, a regulamentação não permite que o motorista ingresse com recurso administrativo e a multa será aplicada automaticamente. Esse é o ponto mais falho e polêmico da resolução baixada pelo Contran. O julgamento dos pedidos de conversão da multa em advertência será feito por órgão do poder público que não quer perder qualquer fonte de receita.

Assim, apesar de ter aspectos positivos, a resolução do Contran não significa um basta à "indústria da multa". Nesse sentido, as reações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo e da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo à regulamentação do artigo 267 do CBT são ilustrativas. O Detran informou que a conversão da multa em advertência é "facultativa ao órgão atuador". Em nota, a secretaria comunicou que está estudando como "viabilizar" a resolução do Contran, mas não esclareceu se enviará a advertência diretamente aos motoristas infratores ou se vai esperar que eles recorram. Autoridades de trânsito de outros municípios alegam que, por falta de investimento em informática, terão dificuldades técnicas para acessar o prontuário dos condutores, para saber se eles têm infrações "leves" e "médias" registradas nos últimos 12 meses. É uma forma de manter a indústria da multa em funcionamento.

QUANDO O SOCORRO É NEGADO

ZERO HORA, 24 de junho de 2012 | N° 17110

FICA A DOR

De janeiro até 21 de junho deste ano, a Secretaria da Segurança Pública registrou 16 casos diários de motoristas que fugiram do local do acidente - LETÍCIA COSTA

Com 10 anos, Luiz Henrique Souza Pedone toma medicamentos para se acalmar e conseguir ter uma noite de sono tranquilo. Desde 16 de janeiro, ele tem medo de ficar sozinho e sente falta de seu maior companheiro: o irmão gêmeo Fábio Luiz Souza Pedone. Foi nesta data que um caminhão dobrou a esquina da Rua Luiz Araújo, no bairro Vila Norte, em Mostardas, município do sul do Estado, e atropelou Fábio pelas costas. A imprudência foi além e deixou marcada na memória de Luiz Henrique a cena do caminhão seguindo alguns metros, parando por um instante – para que o condutor olhasse pela janela – e acelerando novamente, até desaparecer na rua de areia.

Ao causar um acidente como esse e fugir do local, mais um motorista entra para uma extensa lista da Secretaria da Segurança Pública (SSP) gaúcha, que registrou de janeiro até 21 de junho deste ano 2.876 ocorrências (acidentes com ou sem vítimas fatais) desta espécie. Isso equivale a 16 fugas por dia, uma a cada 90 minutos.

Enquanto o motorista fugia do local do acidente em Mostardas, Luiz Henrique fazia uma tentativa desesperada de salvar Fábio. Carregando o irmão nas costas, queria dar o socorro rápido negado pelo caminhoneiro.

– O médico disse que, se o motorista tivesse socorrido, tinha salvado o Fábio. Não precisava ele (o motorista) dar socorro, era só chamar alguém. Por que não pediu socorro para alguém? – se pergunta a avó materna, Dorvalina Maria da Silva Souza, 42 anos, que criava o menino.

Desde então, toda semana, Dorvalina e Delma Teresinha da Silva Souza, 38 anos, tia-avó dos meninos, se revezam para ir até a delegacia da Polícia Civil de Mostardas. No caminho, a esperança de que haja alguma novidade.

Fábio é apenas um dos tantos exemplos em que o acidente com fuga de local resultou em morte. Nestes casos, a perda ganha um desagradável elemento extra. O fato de a vítima ter ficado mais tempo sem socorro, em função do causador do acidente não ter parado no momento, pode gerar uma consequência negativa para a recuperação dos familiares, explica a psicóloga Sinara Cristiane Tres Soares, presidente da Comissão de Trânsito do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul. O sofrimento se agrava, pois a família só consegue pensar que haveria como evitar a morte de quem tanto ama.

Aumento de 30% em dois anos

No mês em que Fábio foi atropelado, foram registradas 497 ocorrências de fuga de local de acidente no Estado. Em dois anos, a imprudência dos motoristas, que fogem da responsabilidade penal ou civil que o acidente impõe, aumentou 30% no mesmo período do ano.

Muitas vezes, o que fica para trás nas ruas e rodovias do Estado são apenas danos materiais, mas em tantas outras, ficam vidas, ou, o pouco que ainda restam delas, como no caso ocorrido em Mostardas. Com a ajuda de depoimentos, ainda que anônimos, e de câmeras de monitoramento, a polícia consegue alguma pista para chegar até o motorista.

– Sempre tem alguém que viu algo, só que, às vezes, a pessoa não quer vir à delegacia porque acha que vai se incomodar – afirma o delegado Gilberto Almeida de Montenegro, diretor da Divisão de Crimes de Trânsito do Departamento Estadual de Polícia Judiciária de Trânsito.

No caso de Fábio, a memória do irmão Luiz Henrique foi fundamental. Ele descreveu o veículo aos policiais.Dois dias depois do atropelamento, um veículo com as características apontadas por ele foi encontrado próximo a Osório. O responsável pela morte do menino ainda pode ser identificado.

– O motorista do caminhão foi encontrado, negou o envolvimento, mas o depoimento foi contraditório – disse o delegado Mário Mombach, responsável pelo caso na época.

O resultado da perícia no GPS – que pode apontar o trajeto feito pelo caminhão – é aguardado pela delegacia de Mostardas para que o inquérito possa ser concluído.

Motoristas devem ser responsáveis

Para a psicóloga Sinara Cristiane Tres Soares, existe uma tendência atual das pessoas não se responsabilizarem, de diversas formas, pelos seus atos.

– Podemos ter pessoas que costumam fugir de situações difíceis e que, novamente, tiveram este comportamento. Em vez de enfrentá-las, fogem, assim como fariam em outras ocasiões, para não ter de encarar as consequências. Mas também existem aquelas que estão muito assustadas com o resultado do ocorrido e não sabem como lidar, por isso acabam fugindo, pelo desespero – comenta a presidente da Comissão de Trânsito do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul.

O diretor-técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), Ildo Mário Szinvelski, também acredita que o alto número de fugas esteja ligado à falta de responsabilidade e consciência das pessoas:

– É falta de civilidade, que reflete na atual forma de viver da sociedade.

Para ele, a aplicação da lei é a melhor forma de mostrar que a atitude não ficará impune.


Outros casos

2 de maio de 2012 - O ciclista Valdeci Silva de Araújo, 45 anos, foi atropelado por um veículo na zona norte da Capital. O motorista fugiu do local sem prestar socorro. A Polícia Civil aguarda imagens da câmera de monitoramento para tentar identificar o veículo e concluir o inquérito.

25 de fevereiro de 2011 - O motorista de um Golf atropela um grupo de ciclistas que participava da Massa Crítica – celebração da bicicleta como meio de transporte – na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Ele fugiu do local após ferir cerca de 17 pessoas. Cerca de oito horas depois, o motorista é identificado. Ricardo Neis, irá a júri popular e responderá por 17 tentativas de homicídio qualificado.

7 de abril de 2010 - Um menino indígena de seis anos morreu ao ser atropelado por um carro, enquanto caminhava às margens da rodovia ERS-500, em Constantina, no norte do Estado. Uma peça do veículo ficou no asfalto, mas a Polícia Civil não descobriu quem era o motorista que matou Eligian Larse. O inquérito não apontou o autor do homicídio culposo.

domingo, 17 de junho de 2012

O GOLPE DO MOTOQUEIRO

Crédito: JOÃO LUIS XAVIER






Rogério Mendelski - Correio do Povo, 17/06/2012

No país da esperteza já apareceu mais um golpe para pegar incautos ou pessoas de boa-fé. Trata-se do golpe do motoqueiro aplicado em motoristas que se envolvem em acidentes de trânsito. O relato é de uma leitora desta coluna que o faz pensando em colaborar para evitar novas vítimas. O caso ocorreu em São Paulo, mas poderia ter ocorrido em qualquer cidade brasileira.

 "No mês de abril, o carro do meu filho foi abalroado por trás, num farol fechado, por uma motoqueira com outra mulher na garupa. A moto caiu e a pessoa na garupa ficou com a perna embaixo da moto. Meu filho filmou a placa da moto e obteve telefone de uma das acidentadas. O telefone não existia. Um funcionário da CET (a EPTC paulista) que estava próximo, acionou o resgate e a motoqueira mandou cancelá-lo. Como ela não quis ser socorrida, o ''marronzinho'' (o ''azulzinho'' de SP) pediu para que saíssem do local para liberar o tráfego, sem antes orientar meu filho de que seria interessante registrar um boletim de ocorrência (BO), e foi o que fizemos na mesma tarde. Um mês depois, recebi telefonema "em casa" da dita cuja, querendo fazer um acordo, dizendo que o conserto da moto estava por volta de R$ 800,00 e que a garupa machucou muito a perna, estando havia 20 dias sem poder trabalhar. Por ela não ter aceito o atendimento do resgate, disse que não teria acordo nenhum. Mais um mês se passou e, em junho, recebi uma intimação policial, na minha casa, para me apresentar no distrito de Perdizes para prestar depoimento, por ''omissão de socorro''. Chegando lá, soubemos que havia sido registrado um BO pelas tripulantes da moto e que, quatro dias após o acidente, elas foram ao IML fazer exame de corpo de delito. Prestamos os depoimentos, meu filho como condutor, eu como proprietário do veículo, e o carro passou por perícia policial e agora o caso está com minha advogada para provar que não houve omissão de socorro. Felizmente, o nosso BO foi feito antes do delas e tínhamos o nome do agente de trânsito que atendeu à ocorrência, bem como sabíamos a hora exata que o chamado do resgate foi cancelado. Mesmo assim, a dor de cabeça e trabalheira estão sendo grandes".

Seguradoras avisam (1)

Sempre que um motorista se envolver num acidente de trânsito com motoqueiros, o conselho das seguradoras de veículos é que se registre um boletim de ocorrência, independentemente da responsabilidade pelo ato. Ocorrem diariamente acidentes no qual o motoqueiro é culpado e tenta fazer um acordo no local, diz que está bem e que não quer socorro médico.

Seguradoras avisam (3)

O caso narrado ocorre com muita frequência. Portanto, não caia na conversa do motoqueiro que diz não ter sofrido nada, no momento do acidente. Num caso recente, um motorista, mesmo tendo a palavra do motoqueiro que não havia se machucado, foi ao distrito registrar a ocorrência. Lá estavam o motoqueiro e outros colegas tentando registrar um BO por omissão de socorro.

Seguradoras avisam (2)

Mais tarde, o motoqueiro vai a um distrito policial, registra o BO e alega que o veículo fugiu do local sem prestar socorro. Cobra, depois, na Justiça, dias parados, conserto da moto, etc... Na maioria dos casos, as testemunhas do motoqueiro são outros colegas de profissão.

Seguradoras avisam (4)

O principal alerta das empresas seguradoras aos seus clientes que se envolvem em acidentes é sobre a classificação do mesmo: abalroamento em motos não é colisão, mas atropelamento. Daí a necessidade de se fazer sempre o registro da ocorrência, evitando aborrecimentos, ações judiciais e até mesmo prováveis ameaças pessoais.

Seguradoras avisam (5)

Não são todos os motoqueiros que procedem nesse terreno da esperteza e que isso fique bem claro. Mas em acidentes envolvendo veículos e motos, as seguradoras alertam para o registro policial e a imediata comunicação a elas, com uma cópia do BO. Só assim elas poderão auxiliar o segurado contra qualquer "esperteza" que lhe for aplicada.

sábado, 16 de junho de 2012

CONVERSAS AO VOLANTE


OPINIÃO O Estado de S.Paulo - 16/06/2012


O uso do celular ao volante é a quarta infração mais cometida pelos paulistanos no trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) emitiu, no ano passado, 1,6 mil multas diárias a motoristas que falam, digitam mensagens ou acompanham a internet pelos celulares e smartphones. Não há dados nacionais sobre o uso do celular ao dirigir, mas o quadro desenhado pela CET em São Paulo é uma boa amostra do comportamento do motorista nas grandes e médias cidades. Pelas normas de trânsito, quem conversa ao celular, mesmo com fone de ouvido ou pelo sistema de viva-voz, pode ser multado em R$ 85,13 e somar quatro pontos na carteira de habilitação. Num país onde há mais de um telefone móvel por habitante e pelo qual circula uma frota aproximada de 70 milhões de veículos, o hábito de usar o celular ao volante deve ser severamente combatido. Segundo especialistas, a prática eleva em 400% os riscos de acidentes.

Como parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito, o Ministério das Cidades, em parceria com o Denatran, criou dois aplicativos para celulares que ajudam o motorista a não transgredir as leis. Um deles, o Onde Tem Táxi Aqui, facilita a obediência à Lei Seca, indicando os pontos e telefones de contato dos taxistas mais próximos de onde se encontra a pessoa que ingeriu álcool.

O Mãos no Volante é outra ferramenta que bloqueia as chamadas para celular enquanto o usuário estiver dirigindo e envia uma mensagem para quem ligou: "Estou dirigindo. Ligo mais tarde". O aplicativo está disponível para aparelhos com o sistema Android e o Ministério procura parceria com outras plataformas. Desde fevereiro, quando passou a ser oferecido nas lojas virtuais, o programa acumula mais de 20 mil downloads. Motoristas de outros países estão usando o aplicativo. A meta do Ministério é chegar a pelo menos 85% dos telefones do tipo smartphone.

É a tecnologia combatendo os riscos criados pelas próprias inovações que mudam hábitos e trazem ameaça à segurança. A ideia é bem-vinda, mas os órgãos responsáveis pelo trânsito precisam investir muito mais na divulgação dessas ferramentas. Só assim poderão utilizá-las no cumprimento do pacto firmado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para fazer desta a Década de Ações para a Segurança no Trânsito, reduzindo em até 50% as mortes em acidentes nos próximos dez anos. De acordo com estimativas da OMS, 1,3 milhão de pessoas morrem a cada ano em acidentes de trânsito em todo o mundo.

Conforme dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o motorista leva até quatro segundos para pegar o telefone e mais cinco para digitar um número. Se estiver trafegando a 50 quilômetros por hora, percorrerá 125 metros distraído. A falta de atenção perdura por mais algum tempo após o aparelho ser desligado, porque o motorista se mantém atento àquilo que foi discutido na conversa. Uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, concluiu que motoristas distraídos pelo celular demoram mais até do que os alcoolizados para reagir diante de um imprevisto. O tempo de reação de quem envia torpedos é retardado em 35%, enquanto o atraso provocado pelo álcool é de 12%.

Dados do Departamento de Trânsito americano mostram que, nos Estados Unidos, 77% dos motoristas admitiram já ter usado o celular ao volante e, segundo estimativas do órgão, mais de 5,8 mil pessoas morreram e 500 mil ficaram feridas em acidentes provocados por distrações - destas, 12% estavam conversando pelo celular.

A massificação dos tablets e smartphones tem colaborado muito para o crescimento do setor de aplicativos para equipamentos móveis no Brasil. Multinacionais têm vindo para cá, atraídas pelo potencial do País. Aplicativos que funcionam como sensor e preveem colisões com veículos à frente e alertam sobre os perigos de aproximações repentinas já estão no mercado. A união entre o governo e essas empresas pode ser muito importante no combate à violência no trânsito.

RBS TV DE LUTO

PESAR - ZERO HORA, 16/06/2012 | 01h04

Morre motorista da RBS TV que sofreu acidente em carro da empresa em maio. Orlando Miller Júnior, 47 anos, é a segunda vítima fatal da colisão


Carro da RBS TV se envolveu em colisão no dia 18 de maioFoto: Bruno Alencastro / Agência RBS


Morreu, pouco antes da meia-noite desta sexta-feira, o motorista da RBS TV Orlando Miller Júnior, 47 anos.

Ele é a segunda vítima fatal de um acidente ocorrido no dia 18 de maio, quando um carro da empresa foi abalroado por um Fiat Stilo no bairro Medianeira em Porto Alegre. No dia 4 de junho, já havia morrido o operador de áudio Thiago Josué Fernandes Obregon, 28 anos, que também estava na Parati da RBS TV.

Miller Júnior, que trabalhava na empresa desde 2006, tinha sido internado no Hospital Mãe de Deus na madrugada do acidente.

Colisão na madrugada

O acidente da madrugada do dia 18 ocorreu no cruzamento da Avenida Professor Oscar Pereira com a Rua Doutor Malheiros, no bairro Medianeira. Conforme testemunhas, o Stilo conduzido por Athos Menegon Necchi bateu na traseira da Parati da RBS, que foi projetada contra um Palio onde estavam cinco pessoas. A colisão aconteceu em um cruzamento com semáforo.

O veículo da TV levava os funcionários para a casa após o fim do expediente.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Nossas condolências à família, aos amigos e a todo o Grupo RBS.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

CAMINHÃO CARREGADO DE MACONHA MATA 15

CORREIO DO POVO, 13/06/2012


Colisão ocorreu na madrugada de ontem na BR 277, quando grupo seguia para fazer compras no Paraguai - Crédito: vanessa teixeira/ divulgação / cp



A colisão entre um caminhão e uma Van, na madrugada de ontem, que resultou em 15 mortes, revelou ainda a rota do tráfico de drogas no Paraná. O acidente ocorreu no km 482 da BR 277, em Nova Laranjeiras. Para a surpresa dos policiais rodoviários federais, que atenderam à ocorrência, em meio à carga de madeira que era transportada no veículo, com placas de São Paulo, estavam escondidos 300 quilos de maconha, além de eletroeletrônicos contrabandeados.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o caminhão teria invadido a pista contrária e colidido com a Van. Havia muita neblina na região. Os 16 passageiros iriam fazer compras em Ciudad Del Este, no Paraguai. Desses, 14 ocupantes da van morreram no local. Os corpos ficaram presos às ferragens. As vítimas moravam em Ponta Grossa.

O motorista do caminhão, 43 anos, foi socorrido e encaminhado a um hospital, mas não resistiu aos graves ferimentos. Outras duas pessoas ficaram feridas e estão internadas no Hospital de Guarapuava - um adolescente de 15 anos está em estado grave. Outro homem de 25 anos teve ferimentos leves e está internado em observação.

Em meio à tragédia na BR 277, índios que moram em uma reserva próxima saquearam a carga de madeira do caminhão. A Polícia Rodoviária Federal negociou a devolução da carga.

Os corpos foram levados ao IML de Cascavel e Guarapuava para identificação. Ao longo do dia, as famílias foram avisadas da tragédia. A PRF foi mobilizada na ocorrência, junto com bombeiros e socorristas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

OS NÚMERO DO TRÂNSITO

EDITORIAL ZERO HORA 12/06/2012


Comparadas às dos países desenvolvidos de maneira geral, as estatísticas de mortes no trânsito no Estado continuam absurdamente elevadas, mas algumas providências adotadas na tentativa de freá-las começam a indicar resultados promissores. Nos primeiros quatro meses deste ano, houve uma redução de 6% no número de mortos em consequência de acidentes automobilísticos, em comparação com o mesmo período de 2011. Como no último ano já havia sido registrada uma queda de 7% em relação a 2010, mesmo com o aumento de 6% no número de veículos em circulação, o total divulgado agora pode ser visto como um indicativo importante do acerto do recrudescimento da fiscalização e da estratégia adotada para intensificá-la.

A queda se deve em grande parte à multiplicação de ações como o Balada Segura e o Viagem Segura, mas sobretudo ao fato de, finalmente, organismos de trânsito de diferentes instâncias da federação terem se convencido da importância de uma atuação conjunta. Com a iniciativa, não há mais razões para alegações de falta de pessoal ou de recursos financeiros para as blitze e as fiscalizações. Esse tipo de queixa é ainda menos aceitável no caso específico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que acaba de ser autorizado a reajustar suas taxas.

A melhora nas estatísticas, porém, não atenua o fato de o Rio Grande do Sul ainda exibir estatísticas na faixa de 18 vítimas por 100 mil habitantes. O índice é até três vezes mais do que o verificado em países desenvolvidos, dando uma ideia do quanto ainda é possível evoluir nessa área.

Os resultados demonstram também que não basta uma lei rígida e moderna, como o Código de Trânsito Brasileiro, se não há a disposição de fiscalização. E não podem ocultar a necessidade de o Estado e o país persistirem também na conscientização permanente sobre os riscos em potencial do trânsito.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

MAIOR FISCALIZAÇÃO REDUZ MORTES

 

TRÂNSITO MAIS SEGURO

 

Integração entre órgãos e operações contra uso de álcool contribuem para a queda de 6% no número de vítimas no Estado - MARCELO GONZATTO - ZERO HORA 11/06/2012

A aplicação de receita europeia no trânsito gaúcho contribuiu para poupar 38 vidas nos primeiros quatro meses do ano, o que representa uma redução de 6% no número de mortos em comparação com o mesmo período do ano passado. A freada imposta à violência viária é atribuída à combinação de maior rigor na fiscalização com integração entre órgãos municipais, estaduais e federais.

A diminuição nas mortes segue tendência verificada ano ano passado, quando foi registrado um recuo de 7% na quantidade de vítimas em relação a 2010. O dado é mais significativo quando se avalia que a frota em circulação vem aumentando acima de 6% ao ano. Uma das explicações para a curva descendente da violência viária é o aperto na fiscalização, em operações como Balada Segura (com foco na repressão ao uso do álcool na direção) e Viagem Segura (que controla rodovias em feriados).

A Balada Segura, realizada em cinco cidades, será lançada hoje em Guaíba e até o final do ano deverá dobrar a área de atuação. A Viagem Segura, que em todas edições já abordou mais de um milhão de veículos desde 2011, até ontem à tarde havia fiscalizado mais de 85 mil automóveis no feriadão de Corpus Christi. A fórmula gaúcha segue outra filosofia, reforçada em visita de representantes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) à França e à Espanha: a integração entre as autoridades de trânsito.

– Atribuo a tendência de queda a uma nova forma de gestão, conjunta entre municípios, Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Conselho Estadual de Trânsito e Detran. A integração é o grande segredo de países como a França e a Espanha – sustenta o diretor-presidente do Detran, Alessandro Barcellos.

Outro exemplo dessa integração pôde ser visto ontem. Enquanto antigamente cada órgão de trânsito contabilizava as vítimas nas vias sob sua jurisdição durante os feriados, agora as informações são centralizadas no Detran e monitoradas em tempo real.

Estado registra índices acima dos aceitáveis

A redução no número de vítimas registrada desde 2011, porém, ainda não coloca o Estado em uma situação confortável. Enquanto países desenvolvidos registram entre seis e sete vítimas por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Sul contabiliza um índice de 18 por 100 mil, segundo o Detran.

– Estamos trabalhando para chegar a níveis mínimos de convivência no trânsito, dos quais ainda estamos longe. Temos de enfrentar mais alguns temas como o excesso de velocidade, que preocupa – diz Barcellos, revelando que colegas dos Detrans de Paraná, São Paulo e Rondônia já vieram conhecer a receita do Estado.

O professor do Laboratório de Sistemas de Transportes da UFRGS João Fortini Albano afirma que a tendência de queda é promissora, embora deva ser acompanhada para descartar a possibilidade de variações casuais.

– Essas ações de integração demoraram até demais para acontecer. Estamos no caminho certo, mas é preciso ampliar ainda mais as blitze e as fiscalizações. E dinheiro não deve faltar, já que as taxas do Detran foram reajustadas – observa Albano.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

LEI SECA É "LENDA" POR "ANARQUIA" DO BRASILEIRO

 
Dourados News (HC) - 28/05/2009
Para o douradense a Lei Seca, que deveria regulamentar o horário de funcionamento de comércios que vendem bebidas alcoólicas em Dourados não sai do papel porque está na índole do brasileiro não cumprir a lei, seja ela qual for. A opção venceu por 30 votos a segunda colocada, que foi a falta de fiscalização da prefeitura, que teve 204 votos, contra 234 da primeira colocada (42,31% dos votos). 
O advogado e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, em entrevista ao Jornal Zero Hora/RS disse que o não cumprimento das leis no país não é exclusividade do cidadão comum e que até no Judiciário, que deveria ajudar no cumprimento das leis há desobediência.
 “É porque não se cumpre lei neste país. Havia, por exemplo, uma lei que proibia a contratação de parentes no Judiciário. A própria Constituição estabelecia. Foi necessário que o Conselho Nacional de Justiça baixasse uma portaria para que viesse a ser cumprida. No Brasil, precisa-se de lei que confirme lei”, disse ele. 
Comentando esta e outras afirmações do ex-ministro, Jorge Luiz Paz Bengochea, que foi Coronel do Quadro de Oficiais/BM no Rio Grande do Sul completou que “Miguel Reale Júnior é um expoente no mundo do direito, mas esquece que nada adiantam as leis se não tiver uma estrutura para aplicar e executar as leis, além da vontade do Estado e do povo em cumprir”. “No Brasil, como pode o povo obedecer as leis, se os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não as cumprem e nem respeitam? A maior prova deste desrespeito está na nossa constituição federal de 1988. Ela continua sendo emendada impunemente, interpretada conforme a conivência e agregados privilégios  sem deveres aos que possuem mais poder de pressão.
 ‘Uma nação perdida, não é a que perdeu um governo, mas a que perdeu a lei’, portanto se estas não são aplicadas é como se não existissem”, critica o oficial. (para ler a entrevista de Reale e o comentário de Bengochea. Mas, tem que fiscalizar também.
 A segunda opção, que diz respeito à falta de fiscalização da prefeitura (36,89% dos votos), foi comentada inclusive como meio de diminuir a violência em Dourados, no debate promovido sobre violência na Câmara Municipal de Dourados na última segunda-feira. Lá, entre outras medidas, o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, diretor do Instituto Sangari, responsável pelo Mapa da Violência nos Municípios Brasileiros e pelo Relatório de Desenvolvimento Juvenil sugeriu que o cumprimento da Lei Seca seria um passo importante para a diminuição dos índices de violência em Dourados. 
A redação entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da prefeitura para saber o que o município vem fazendo para garantir o cumprimento da lei que é de 2006 e que foi de autoria do então vereador Carlinhos Cantor, atual vice-prefeito da cidade e secretário de Serviços Urbanos, justamente a pasta que deveria estar trabalhando para o cumprimento da lei. O contato foi feito antes das 11h e a assessoria ficou de providenciar uma resposta oficial do Município, porém, até o fechamento desta edição não houve retorno. 
Além dessas duas opções, outras 87 pessoas (15,73%) disseram que a Lei não sai do papel porque os comerciantes não deixam e outras 23 pessoas (4,16%) disseram que nem sabiam que existia Lei Seca em Dourados. Cinco pessoas (0,9%) acham que a lei não funciona por falta de divulgação.




segunda-feira, 4 de junho de 2012

RECURSOS DAS MULTAS SÓ PARA O TRÂNSITO

EDITORIAL CORREIO DO POVO, 06/05/2012


O Senado Federal aprovou um projeto de lei do senador Eunício Oliveira (PMDB- CE) determinando que o montante arrecadado por multas aplicadas pelos órgãos de trânsito seja aplicado exclusivamente em campanhas de conscientização de condutores e pedestres e em atividades educativas, além de melhoria da sinalização nas rodovias. Atualmente, o produto dessas multas vai para o caixa único dos governos e acaba sendo utilizado para pagamento de obras não necessariamente vinculadas ao assunto e também para o pagamento de salários, o que constitui verdadeira anomalia.

Atualmente, a circulação viária é um grande problema pelo volume de carros. Isso é incentivado pelo próprio governo federal, que concede incentivos para a aquisição de veículos e faz com que a frota aumente absurdamente, a ponto de prejudicar em qualquer horário a velocidade nos deslocamentos. O grande número de automóveis nas ruas faz com que cresça o número de acidentes e de infrações de trânsito. Daí para as multas é um passo, diante do incremento de infrações cometidas. Entretanto, em vez de os valores amealhados servirem para embasar estudos e projetos para melhorar o trânsito caótico, acabam tapando furos nos orçamentos dos governos, principalmente estaduais e municipais, que se queixam da falta de recursos para custear suas atribuições e serviços.

Para o senador, esse desvio de finalidade levou ao que a população costuma chamar de indústria da multa e precisa acabar para que se retome a credibilidade do sistema. Agora mesmo, a Câmara dos Deputados dobrou o valor das multas, mas isso de nada adiantará se esses valores não retornarem para serem usados naquilo que realmente interessa, a prevenção e a educação para um trânsito realmente seguro. O projeto foi enviado para apreciação da Câmara.

domingo, 3 de junho de 2012

NOVAS REGRAS E MULTAS DE TRÂNSITO






   


NOVAS REGRAS: A carteira só pode ser renovada durante o prazo de no máximo 30 dias após o vencimento da mesma.Após este prazo, a carteira é cancelada automaticamente, e o condutor será obrigado a prestar todos os exames novamente: psicotécnico, legislação e de rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou carteira.Esta lei não foi divulgada , e muitas pessoas vão perder a suas carteiras de habilitação e terão de repetir todos os exames.Fiquem atentos quanto ao vencimento de sua CNH.

Fora a multa, para tirar novamente a CNH fica por volta de R$ 1.200,00 e leva + ou - de 2 a 3 meses.As mudanças começaram a valer no dia 1º de JAN de 2012.Serão incluídos novos conteúdos, além de uma nova carga horária.O Diário Oficial da União (DOU) publicou (22/11/2009) uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que altera as regras para quem vai tirar a carteira de motorista.

Entre as mudanças está a carga horária do curso teórico que vai passar de 30 para 45 horas aula e a do prático, de 15 para 20 horas aula. Serão incluídos novos conteúdos.ALÉM DISSO: Providenciar com urgência a retirada do plástico do extintor.

Mais uma regulamentação sem a devida divulgação!O extintor de fogo obrigatório do carro tem que estar livre do plástico que acompanha a embalagem.Se um policial rodoviário parar seu carro e verificar que o extintor está protegido pelo saco plástico, ele vai te autuar – 5 pontos na carteira e mais R$ 127,50.     

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Ainda não sei da veracidade desta notícia, mas achei importante antecipar. Vou estudar a respeito e editar esta matéria.