sexta-feira, 20 de maio de 2011

DAER - COMO FUNCIONAVA OFERTA DE PROPINA

LETÍCIA DUARTE, ZERO HORA 20/05/2011

A devassa no Daer foi motivada por uma reportagem exibida pela RBS TV e o Fantástico em março. A reportagem dava conta da existência de uma fraude envolvendo prefeituras, fabricantes de controladores de velocidade e empresas de consultoria que atuavam no Estado e em outras regiões.

ESTUDO DIRECIONADO

1. Empresas que fornecem controladores eletrônicos de velocidade oferecem seus produtos a prefeituras prometendo propina para se beneficiarem em licitações direcionadas.
2. Para instalar uma lombada ou pardal, o Conselho Nacional de Trânsito exige um estudo técnico que o justifique.

- A prefeitura interessada é aconselhada a direcionar licitação para uma empresa pré-definida fazer o estudo.

A PRIMEIRA LICITAÇÃO

3. A licitação para contratar a empresa que faz os estudos é feita na modalidade carta-convite: três fornecedores, pelo menos, têm de participar. Ganha a que oferecer menor preço.

- A empresa que tem de vencer na ótica dos fraudadores consegue outras “concorrentes” que, previamente, acertam a apresentação de preços mais altos para perder a disputa.

A SEGUNDA LICITAÇÃO

4. Uma nova licitação é aberta e igualmente fraudada: para a compra dos controladores eletrônicos.

- O estratagema geralmente empregado é instruir as prefeituras, para que façam editais viciados e que privilegiam uma concorrente.

SEM ESTUDO TÉCNICO

5. Algumas vezes, a segunda licitação é aberta mesmo sem o estudo técnico.

OFERTA DE ANULAÇÕES

6. Quando os controladores já estão instalados, as empresas oferecem a possiblidade de anular multas aplicadas por seus equipamentos.

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