terça-feira, 9 de setembro de 2014

PROTEÇÃO E PRIORIDADE AO PEDESTRE


ZH 09 de setembro de 2014 | N° 17917


VANDERLEI CAPPELLARI*




De 18 a 25 de setembro, será comemorada a Semana Nacional do Trânsito. Neste ano, o tema da semana é “Cidade para as pessoas. Proteção e prioridade ao pedestre”. Certamente, em todo o país, acontecerão muitos debates e atividades com foco nesta questão fundamental nas relações diárias entre as pessoas no dia a dia do trânsito. Em Porto Alegre, não será diferente, com uma extensa programação desenvolvida pela Coordenação de Educação para a Mobilidade da EPTC, envolvendo abordagens de conscientização; palestras, esquetes teatrais, entre outras ações, para uma maior conscientização e proteção das pessoas, especialmente o pedestre.

Mesmo com uma redução gradativa na acidentalidade do trânsito neste ano na Capital, menos 17,88% nos primeiros oito meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, em razão das ações educativas, cerca de 400 atividades até o final do ano; pelas campanhas na mídia; pelas atividades em fiscalização em abordagens e blitze; e devido aos trabalhos de engenharia de tráfego, ainda é elevado o número de conflitos envolvendo os pedestres. De acordo com recentes dados divulgados pela EPTC, por intermédio da Coordenação de Informações do Trânsito, das 89 vítimas fatais de janeiro a agosto, 35 aconteceram por atropelamentos. Além disto, 957 pedestres ficaram feridos. É uma realidade preocupante.

É evidente a responsabilidade dos gestores do trânsito para reduzir o quadro de acidentalidade, com ações contínuas de fiscalização e de educação, além das medidas de engenharia de tráfego. Esta meta não pode ficar restrita às equipes técnicas, mas abranger a participação do conjunto da sociedade. Se não houver o envolvimento diário de todos os segmentos, certamente os resultados não avançarão como se deseja.

Na verdade, nada justifica uma única morte no trânsito. Esta guerra absurda, com cerca de 50 mil vítimas fatais por ano no país, atinge e enluta a todos. E precisa acabar. Nossa missão, permanente, é de mudar a cultura existente, em busca de uma maior cordialidade nas relações; de respeito aos limites, com prioridade às pessoas, lembrando sempre que somos pedestres, antes de tudo.


*DIRETOR-PRESIDENTE DA EPTC

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