ZERO HORA 19 de fevereiro de 2014 | N° 17709
BALANÇO DE 2013
No topo da estatística fatal do trânsito de 2013, a equação juventude, balada e final de semana mostrou-se a mais perigosa e preocupante.
Conforme os números do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no somatório de todos os sábados e domingos do ano passado, morreram 789 pessoas (39,77% do total), sendo 347 nos turnos da noite e madrugada e 168 pela manhã. Em 2012, foram registradas 818 mortes nos fins de semana.
Jovens dos 18 até os 29 anos representam 29,4% (584) de todos os óbitos, e a grande maioria das vítimas – 1.549 (78,1%) – é do sexo masculino. Nos demais dias da semana, a noite, com 684 (34,5%) ocorrências, é a mais arriscada para trafegar, conforme as estatísticas oficiais.
Para o chefe da Operação Balada Segura, Adelto Rohr, o comportamento desse grupo de motoristas precisa ser alterado urgentemente.
– Eles têm de saber que são os responsáveis por essa mudança. É necessário o convencimento, por isso a blitz é eficaz. Não tenho expectativas de grandes diminuições no curto prazo, prefiro que a redução seja gradativa, constante e continuada – afirma Rohr.
Brasil gastou R$ 210 milhões com internações em 2012
O consultor em segurança e educação no trânsito Eduardo Biavati alerta que não são apenas as famílias que lamentam as vidas arrancadas precocemente pela violência do trânsito. Com o tempo, haverá uma conta a ser paga pelo Estado:
– Nós ainda não conseguimos alterar o padrão do problema, lidar com esse público. Especialmente no Rio Grande do Sul, a mortalidade entre os jovens custa muito, porque o grupo etário é cada vez menor devido ao crescimento de somente 0,4% ao ano, em média. Isso vai nos faltar daqui a 20, 30 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já diziam em 2010: se não integrar as várias políticas de trânsito, transporte, conscientização e saúde, não se sai do buraco.
Segundo o “Mapa da Violência 2013”, publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, os acidentes de trânsito representam um custo global de US$ 518 bilhões ao ano. O Brasil, em 2012, gastou R$ 210 milhões com internações hospitalares pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A perda de produção em decorrência disso foi estimada em R$ 4,5 milhões. Se continuar nesse ritmo, a OMS estima que deveremos ter 2,4 milhões de mortes no trânsito em 2030 em todo o mundo.
BALANÇO DE 2013
No topo da estatística fatal do trânsito de 2013, a equação juventude, balada e final de semana mostrou-se a mais perigosa e preocupante.
Conforme os números do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no somatório de todos os sábados e domingos do ano passado, morreram 789 pessoas (39,77% do total), sendo 347 nos turnos da noite e madrugada e 168 pela manhã. Em 2012, foram registradas 818 mortes nos fins de semana.
Jovens dos 18 até os 29 anos representam 29,4% (584) de todos os óbitos, e a grande maioria das vítimas – 1.549 (78,1%) – é do sexo masculino. Nos demais dias da semana, a noite, com 684 (34,5%) ocorrências, é a mais arriscada para trafegar, conforme as estatísticas oficiais.
Para o chefe da Operação Balada Segura, Adelto Rohr, o comportamento desse grupo de motoristas precisa ser alterado urgentemente.
– Eles têm de saber que são os responsáveis por essa mudança. É necessário o convencimento, por isso a blitz é eficaz. Não tenho expectativas de grandes diminuições no curto prazo, prefiro que a redução seja gradativa, constante e continuada – afirma Rohr.
Brasil gastou R$ 210 milhões com internações em 2012
O consultor em segurança e educação no trânsito Eduardo Biavati alerta que não são apenas as famílias que lamentam as vidas arrancadas precocemente pela violência do trânsito. Com o tempo, haverá uma conta a ser paga pelo Estado:
– Nós ainda não conseguimos alterar o padrão do problema, lidar com esse público. Especialmente no Rio Grande do Sul, a mortalidade entre os jovens custa muito, porque o grupo etário é cada vez menor devido ao crescimento de somente 0,4% ao ano, em média. Isso vai nos faltar daqui a 20, 30 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já diziam em 2010: se não integrar as várias políticas de trânsito, transporte, conscientização e saúde, não se sai do buraco.
Segundo o “Mapa da Violência 2013”, publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, os acidentes de trânsito representam um custo global de US$ 518 bilhões ao ano. O Brasil, em 2012, gastou R$ 210 milhões com internações hospitalares pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A perda de produção em decorrência disso foi estimada em R$ 4,5 milhões. Se continuar nesse ritmo, a OMS estima que deveremos ter 2,4 milhões de mortes no trânsito em 2030 em todo o mundo.
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