domingo, 13 de outubro de 2013

NOSSAS VERGONHAS RODOVIAS



JORNAL NOROESTE, sábado, 12 de outubro de 2013 15:10


O Tarso não veio à abertura do Encontro Estadual de Hortigranjeiros e a brincadeira que rolava na net era “vem de carro, governador!”, um apelo para conhecer a realidade das rodovias que ligam municípios da região. Ele não veio, infelizmente.

No final de semana fui a São Luiz Gonzaga, visitar parentes que residem perto de Laranja Azeda/São Lourenço. Lá tive a oportunidade de trafegar em uns 15 quilômetros por estradas de chão batido, fazendo, em média, 80 quilômetros por hora.

Tchê, na boa, em muitos trechos no asfalto entre Santa Rosa e Entre-Ijuís não se consegue andar a esta velocidade. Em muitos lugares a rodovia estadual está em piores condições que as estradas de chão no interior de São Luiz Gonzaga. São tantos os buracos que eles (os buracos, claro), podem conversar entre si e fazer apostas sobre qual vai ser a próxima vítima.

Tarso não veio de carro à região e perdeu uma ótima oportunidade de ver de perto porque os empresários se mobilizaram no início do ano em protesto pelo descaso. Quem é da política sempre dirá que o movimento foi político e que tudo se orquestrou para fins eleitorais. Quem é motorista, representante comercial ou dono de empresa que precisa fazer deslocamentos constantes sabe que a verdade é outra. Dói esse abandono do governo com que paga impostos.

Pior é ver que são as rodovias estaduais que penam. Aí você passa de Entre-Ijuís, rumo a São Luiz Gonzaga e vê homens na pista, obras de recuperação. Vai a Três de Maio e a Santo Cristo e vê as melhorias feitas. Claro, são trechos do Governo Federal. Ah, sim, a União tem mais recursos que o Estado!!! Pode ser, mas está gravado e anotado no Noroeste o discurso de Tarso, há dois anos, aqui mesmo, prometendo solução para o problema das rodovias.

Pior é contar isso a outra pessoa e ouvir que o trecho estadual de Roque Gonzales e São Paulo das Missões está pior que este de Entre-ijuís. Sinceramente, não consigo imaginar algo pior!

Os deputados e os secretários de Estado podem se esforçar o quanto quiserem para justificar essa inércia, colocar a culpa em editais mal feitos, em empresas privadas e questões técnicas. Mas, ninguém ouve mais essa retórica.

São desculpas demais. Entra governo e sai governo sem dar uma solução, sem fazer algo concreto. É por isso que os gaúchos não reelegem governadores há três décadas. Eles prometem e não cumprem, e o povo gaúcho não é bobo, aí responde com um “cai fora, governador”!

E para não dizer que não falei das flores, o asfalto de muitas ruas de Santa Rosa não merece esse nome. E, tudo o que foi escrito acima, em maior ou menor escala, se aplica a este mesmo contexto.

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