EDITORIAIS
Teste objetivo feito nas rodovias reestatizadas mostra que, quatro meses depois da retirada das concessões, comemorada efusivamente nos meios oficiais, as condições de trafegabilidade das rodovias pioraram muito. Por razões entre as quais se destaca de longe a burocracia estatal, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) não estão conseguindo cumprir as promessas feitas à população de que é possível reduzir o preço dos pedágios e manter as estradas em condições razoáveis de trafegabilidade.
O ritmo acelerado da degradação fez com que os usuários praticamente não tivessem tido tempo de festejar a passagem da administração das rodovias dos polos de Lajeado e de Caxias do Sul para a administração do poder público. Quatro meses depois, a realidade constatada no cotidiano demonstra que os ganhos constituem exceção. De maneira geral, a situação demonstra piora nas condições de trafegabilidade e de sinalização, aumentando a insegurança de quem circula nos dois polos.
Os usuários não podem ser punidos por uma decisão oficial tomada sob a alegação de que iria beneficiá-los. É óbvio que ninguém gosta de pagar mais do que gostaria para trafegar, mas tampouco admite conviver com a ideia de se conformar com sinais visíveis de piora em itens essenciais.
É preciso que tanto a EGR quanto o Dnit possam resolver logo as indefinições desse período de transição. O enfrentamento dos entraves burocráticos é precondição para que comecem a implantar um cronograma de manutenção e recuperação das estradas. Não há outra forma de evitar mais frustrações e mais insegurança para os motoristas, além de um impacto no custo final no frete de maneira geral, que acaba recaindo sobre todos os consumidores.
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