REDE GLOBO FANTÁSTICO, 20/10/2013 20h59
Recurso se popularizou há cinco anos e é uma forma de provar a inocência em incidentes. Principalmente quando a suposta vítima tenta armar farsa.
Em nome da segurança, muita gente está instalando câmeras nos carros e nas motos. Esta semana, uma dessas câmeras registrou uma tentativa de assalto do ponto de vista da própria vítima.
“Ela já fica acoplada ao capacete. A gente registra no ponto que a gente decide que é legal para começar a gravar.”, explica o motoqueiro Anderson de Oliveira.
Naquele momento ele estava gravando. “Eu decidi ligar a câmera no momento que eu percebi que tinha uma moto atrás de mim. Aí deu no que deu”, lembra.
A imagem do assalto correu o mundo. Foram 27 mil visualizações na Rússia! O país onde ter uma câmera instalada no carro virou febre. Na Rússia, as câmeras filmam de tudo. O trânsito é complicado: bastante tráfego, confusão, brigas, e como tem acidente. Só em 2012, foram mais de 177 mil.
Mas alguns são pura pilantragem. Em um deles, um rapaz, decidido, e se joga no capô de um carro.
“A câmera ajuda a pessoa não cair nesse tipo de golpe”, explica Carlos Serapião.
Carlos é brasileiro e mora há sete anos na Rússia. Ele tem uma câmera no carro. “Você instala ela no local que coloca o isqueiro, então, toda vez que você liga o carro, ela automaticamente liga”.
Serguei explica que esse recurso se popularizou há mais ou menos cinco anos e é uma forma de provar a inocência em incidentes no trânsito. Principalmente quando a suposta vítima tenta armar uma farsa. A mais comum é a pessoa simular o próprio atropelamento para tirar dinheiro do motorista.
Funciona mais ou menos assim: o pedestre se esconde, espera o carro se aproximar e, de repente, se joga com tudo sobre o carro. Se arrisca por um dinheiro que nem sabe se vai ganhar. Às vezes parece piada.
No vídeo, você vê uma loira, que aparenta estar alcoolizada, ir de encontro ao carro, reclamar e, depois, calmamente, se jogar sob as rodas.
Um outro rapaz se joga bem lentamente. Depois finge ter machucado a perna.
Para Serguei, a maioria dos golpistas não arrisca a vida. Eles são muito bons atores.
Outra forma de trapaça é bater com equipamentos já quebrados nos retrovisores dos carros. No vídeo, dá para ver um celular sendo arremessado. Instantes depois, o homem diz que o motorista quebrou seu aparelho. Ele tem uma testemunha, mas a imagem filmada pelo carro de trás serve para provar que não passou de um golpe.
Tem também o golpe da marcha à ré. O motorista da frente engata a ré, ou para bruscamente, e provoca a batida na traseira do carro.
Foi o que aconteceu com Vladimir, meio russo meio brasileiro, três meses atrás. “O carro que estava na minha frente freou bruscamente. Eu não tinha tempo de reagir e bati atrás do carro dele. O homem falou que ele quer uns 5 a 6 mil rublos, que representam US$ 200 dólares - uns R$ 400, R$ 500”, conta.
Em qualquer acidente de trânsito na Rússia, as pessoas têm que parar o carro e chamar a perícia, que pode demorar algumas horas para chegar. Com a filha de 8 meses no carro, Vladimir não quis esperar e decidiu resolver no local, como chamam os russos.
“Eu tinha aquele dinheiro e resolvi dar aquele dinheiro e resolver na hora”, ele explica.
No dia seguinte, ele assistiu ao vídeo que tinha gravado e ficou intrigado com alguns detalhes: “A mulher do cara que estava dirigindo tem uma atitude bastante estranha. Ela está com peruca, tem o cabelo falso, está fazendo alguns sinais para seu marido”, relata.
Começou a pesquisar na internet e viu várias situações assim. Percebeu que tinha caído em um golpe. “Esses caras fazem esse golpe num local uma vez por mês, uma vez por mês em outro local. Essa é a minha história”, diz.
No Brasil, o advogado Alberto Germano instalou câmeras de segurança bem sofisticadas no seu carro. Ele conseguiu filmar o próprio assalto em fevereiro de 2013. As imagens foram entregues para a polícia. Mas até hoje ninguém resolveu o caso.
Vladimir está de mudança para o Brasil por motivos de trabalho. Daqui duas semanas, ele deve desembarcar em São Paulo com a mulher, a filha e a câmera.
“Vou instalar a câmera no meu veículo em São Paulo. Porque eu dirigi muito no Brasil, percorri o Brasil - do Rio Grande do Sul até o Ceará. E vou dizer: o trânsito no Brasil não é muito fácil não”, diz.
Enquanto isso, na Rússia, as câmeras devem continuar registrando cenas surpreendente e bizarras.
Recurso se popularizou há cinco anos e é uma forma de provar a inocência em incidentes. Principalmente quando a suposta vítima tenta armar farsa.
Em nome da segurança, muita gente está instalando câmeras nos carros e nas motos. Esta semana, uma dessas câmeras registrou uma tentativa de assalto do ponto de vista da própria vítima.
“Ela já fica acoplada ao capacete. A gente registra no ponto que a gente decide que é legal para começar a gravar.”, explica o motoqueiro Anderson de Oliveira.
Naquele momento ele estava gravando. “Eu decidi ligar a câmera no momento que eu percebi que tinha uma moto atrás de mim. Aí deu no que deu”, lembra.
A imagem do assalto correu o mundo. Foram 27 mil visualizações na Rússia! O país onde ter uma câmera instalada no carro virou febre. Na Rússia, as câmeras filmam de tudo. O trânsito é complicado: bastante tráfego, confusão, brigas, e como tem acidente. Só em 2012, foram mais de 177 mil.
Mas alguns são pura pilantragem. Em um deles, um rapaz, decidido, e se joga no capô de um carro.
“A câmera ajuda a pessoa não cair nesse tipo de golpe”, explica Carlos Serapião.
Carlos é brasileiro e mora há sete anos na Rússia. Ele tem uma câmera no carro. “Você instala ela no local que coloca o isqueiro, então, toda vez que você liga o carro, ela automaticamente liga”.
Serguei explica que esse recurso se popularizou há mais ou menos cinco anos e é uma forma de provar a inocência em incidentes no trânsito. Principalmente quando a suposta vítima tenta armar uma farsa. A mais comum é a pessoa simular o próprio atropelamento para tirar dinheiro do motorista.
Funciona mais ou menos assim: o pedestre se esconde, espera o carro se aproximar e, de repente, se joga com tudo sobre o carro. Se arrisca por um dinheiro que nem sabe se vai ganhar. Às vezes parece piada.
No vídeo, você vê uma loira, que aparenta estar alcoolizada, ir de encontro ao carro, reclamar e, depois, calmamente, se jogar sob as rodas.
Um outro rapaz se joga bem lentamente. Depois finge ter machucado a perna.
Para Serguei, a maioria dos golpistas não arrisca a vida. Eles são muito bons atores.
Outra forma de trapaça é bater com equipamentos já quebrados nos retrovisores dos carros. No vídeo, dá para ver um celular sendo arremessado. Instantes depois, o homem diz que o motorista quebrou seu aparelho. Ele tem uma testemunha, mas a imagem filmada pelo carro de trás serve para provar que não passou de um golpe.
Tem também o golpe da marcha à ré. O motorista da frente engata a ré, ou para bruscamente, e provoca a batida na traseira do carro.
Foi o que aconteceu com Vladimir, meio russo meio brasileiro, três meses atrás. “O carro que estava na minha frente freou bruscamente. Eu não tinha tempo de reagir e bati atrás do carro dele. O homem falou que ele quer uns 5 a 6 mil rublos, que representam US$ 200 dólares - uns R$ 400, R$ 500”, conta.
Em qualquer acidente de trânsito na Rússia, as pessoas têm que parar o carro e chamar a perícia, que pode demorar algumas horas para chegar. Com a filha de 8 meses no carro, Vladimir não quis esperar e decidiu resolver no local, como chamam os russos.
“Eu tinha aquele dinheiro e resolvi dar aquele dinheiro e resolver na hora”, ele explica.
No dia seguinte, ele assistiu ao vídeo que tinha gravado e ficou intrigado com alguns detalhes: “A mulher do cara que estava dirigindo tem uma atitude bastante estranha. Ela está com peruca, tem o cabelo falso, está fazendo alguns sinais para seu marido”, relata.
Começou a pesquisar na internet e viu várias situações assim. Percebeu que tinha caído em um golpe. “Esses caras fazem esse golpe num local uma vez por mês, uma vez por mês em outro local. Essa é a minha história”, diz.
No Brasil, o advogado Alberto Germano instalou câmeras de segurança bem sofisticadas no seu carro. Ele conseguiu filmar o próprio assalto em fevereiro de 2013. As imagens foram entregues para a polícia. Mas até hoje ninguém resolveu o caso.
Vladimir está de mudança para o Brasil por motivos de trabalho. Daqui duas semanas, ele deve desembarcar em São Paulo com a mulher, a filha e a câmera.
“Vou instalar a câmera no meu veículo em São Paulo. Porque eu dirigi muito no Brasil, percorri o Brasil - do Rio Grande do Sul até o Ceará. E vou dizer: o trânsito no Brasil não é muito fácil não”, diz.
Enquanto isso, na Rússia, as câmeras devem continuar registrando cenas surpreendente e bizarras.
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