EDITORIAIS
A situação das rodovias no Rio Grande do Sul, que já era preocupante, agravou-se de vez com as últimas chuvas. Como mostrou reportagem nas páginas 4 e 5 de Zero Hora de ontem, muitos trechos tornaram-se intransitáveis em razão de buracos, rachaduras e mesmo interdições. Mas nem só a São Pedro, padroeiro do Estado, deve-se o quadro atual de nossas vias públicas. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) reconhece que parte da conservação precária se deve a atrasos e impasses na repactuação de contratos com concessionárias. Ao mesmo tempo, a autarquia garante que investirá recursos do próprio orçamento em reparos emergenciais nos trechos mais críticos.
O poder público, que recorreu até mesmo a decretos de emergência em algumas rodovias, precisa agir logo para reduzir os transtornos. Não se pedem soluções mágicas, mas a velha e boa combinação entre planejamento, avaliação de risco, gestão adequada e bom senso. Não são poucos os acidentes com danos materiais, lesões corporais e mesmo óbitos, os prejuízos à atividade econômica, à educação e à saúde e uma infinidade de transtornos à população causados pela falta de conserto de estradas. Não se trata de problema novo. Em nosso Estado, a malha viária insuficiente tem sido fonte constante de demandas por parte das comunidades. É chegado o momento de resolver essa carência de uma vez por todas.
Os problemas exigem também uma reflexão sobre a falta de medidas preventivas e sobre os danos de práticas como o chamado “asfalto político”, em que grandes somas são desperdiçadas para evitar prejuízos à imagem dos governantes perante eleitores, em época de campanha. Gestores públicos que realizam obras às pressas para angariar votos são nocivos ao bem comum, porque, ao fazê-lo, causam prejuízo ao Erário. Deve a opinião pública repudiar de forma peremptória esse tipo de atitude da parte dos maus políticos.
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