ZERO HORA 12 de junho de 2013 | N° 17460
EDITORIAIS
A descoberta de um esquema de comércio de carteiras de habilitação de motoristas, disseminado por todo o Estado, tem implicações que vão além dos demais esquemas de fraude envolvendo de alguma forma o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Quando um documento que, por razões óbvias, exige o máximo de rigor na sua emissão passa a ser fornecido de forma generalizada mediante o pagamento de propina, todos os gaúchos ficam com a vida em risco. Como constatou a Polícia Civil, que ontem cumpriu mandados de busca e apreensão em 24 municípios, há entre os suspeitos de terem pago entre R$ 2 mil e R$ 3 mil para sair dirigindo até quem mal sabe girar a chave na ignição.
Um aspecto particularmente preocupante é que essa prática deveria fazer parte do passado a partir do momento em que a atividade deixou de se constituir em monopólio da Polícia Civil. Concebido como alternativa moralizadora, porém, o Detran já foi vítima de uma megaoperação de desvios por parte de políticos, investigados pela chamada Operação Rodin. E, mais recentemente, ficou comprovado que veículos tinham peças retiradas dentro de seus depósitos, nos quais iam muitas vezes parar por furto ou roubo, levando o proprietário a ser duplamente lesado.
O caso mais recente envolve despachantes, servidores e examinadores de trânsito, além de interessados em comprar o que deveria ser obtido mediante habilitação comprovada. Muitas dessas pessoas seguem atuando na burocracia de trânsito e nas ruas, de onde devem ser afastadas e punidas. Mas o poder público precisa se mostrar capaz de fazer mais, a começar pela criação de mecanismos que impeçam a continuidade desse tipo de prática, que é inadmissível.
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A descoberta de um esquema de comércio de carteiras de habilitação de motoristas, disseminado por todo o Estado, tem implicações que vão além dos demais esquemas de fraude envolvendo de alguma forma o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Quando um documento que, por razões óbvias, exige o máximo de rigor na sua emissão passa a ser fornecido de forma generalizada mediante o pagamento de propina, todos os gaúchos ficam com a vida em risco. Como constatou a Polícia Civil, que ontem cumpriu mandados de busca e apreensão em 24 municípios, há entre os suspeitos de terem pago entre R$ 2 mil e R$ 3 mil para sair dirigindo até quem mal sabe girar a chave na ignição.
Um aspecto particularmente preocupante é que essa prática deveria fazer parte do passado a partir do momento em que a atividade deixou de se constituir em monopólio da Polícia Civil. Concebido como alternativa moralizadora, porém, o Detran já foi vítima de uma megaoperação de desvios por parte de políticos, investigados pela chamada Operação Rodin. E, mais recentemente, ficou comprovado que veículos tinham peças retiradas dentro de seus depósitos, nos quais iam muitas vezes parar por furto ou roubo, levando o proprietário a ser duplamente lesado.
O caso mais recente envolve despachantes, servidores e examinadores de trânsito, além de interessados em comprar o que deveria ser obtido mediante habilitação comprovada. Muitas dessas pessoas seguem atuando na burocracia de trânsito e nas ruas, de onde devem ser afastadas e punidas. Mas o poder público precisa se mostrar capaz de fazer mais, a começar pela criação de mecanismos que impeçam a continuidade desse tipo de prática, que é inadmissível.
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