quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PRECARIEDADE NAS VISTORIAS



ZERO HORA 14 de janeiro de 2015 | N° 18042


EDITORIAIS


O atípico número de acidentes envolvendo ônibus registrado neste início de ano nos Estados sulinos chama a atenção para uma falha que pode ajudar a entender melhor as razões das tragédias: a precariedade do trabalho de fiscalização exercido pelos órgãos específicos. Essa é uma questão que precisa ser enfrentada logo, não apenas como resposta a pessoas próximas das vítimas, mas também como forma de evitar a repetição de casos semelhantes e de reduzir os temores entre usuários.

É óbvio que seria impossível fiscalizar todos os veículos coletivos, mesmo no caso de Estados impactados por tragédias, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E, mesmo quando realizada, a inspeção não se preocupa em detectar problemas mecânicos, por exemplo.

As falhas na execução das atribuições do poder público, em diferentes instâncias, reforçam a responsabilidade das empresas de transporte, que têm o dever de zelar pela segurança dos usuários, da qual depende a sua imagem. A ênfase precisa se dar tanto nas condições físicas dos veículos quanto na seleção e treinamento dos motoristas.

Mais uma vez, de qualquer forma, chama atenção a fragilidade das agências reguladoras, cuja atuação na área de transporte de passageiros está longe de assegurar tranquilidade aos usuários. Os alertas emitidos depois das tragédias deixam evidente que esse quadro precisa mudar, e logo.

Nenhum comentário: