ZERO HORA 22 de julho de 2012 | N° 17138
PERIGO NAS ESTRADAS.Ataque aos pontos da morte
HUMBERTO TREZZI
HUMBERTO TREZZI
Como diminuir os riscos nas estradas, uma das maiores causas de morte no Brasil?
Um comitê composto por autoridades municipais, estaduais e federais está disposto a enfrentar esse desafio.
A primeira ideia é atacar pontos críticos situados em 50 municípios gaúchos e que são responsáveis pela maioria dos acidentes de trânsito no Estado. O diagnóstico desses locais de mortandade é fruto de um levantamento criterioso pelo qual o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) rastreou como ocorreram as mortes de 9.708 pessoas em desastres no Rio Grande do Sul, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011.
Dessas mortes, 1.923 (20%) aconteceram em 50 municípios, que representam 10% do total de cidades gaúchas. A análise dos dados mostra a lógica: via de regra, o maior número de mortes ocorre nas cidades maiores. Mas nem sempre é assim. São Leopoldo, por exemplo, tem um ponto crítico que registra mais mortes que os localizados em Porto Alegre, cidade sete vezes mais populosa.
Os acidentes são causados, basicamente, por três fatores, que atuam de forma isolada ou em conjunto: efeito humano, infraestrutura das vias e condições do veículo. O condutor costuma ser apontado por especialistas como o maior causador de desastres, ao abusar da velocidade, ao não usar cintos e ao consumir álcool ou drogas antes de dirigir. Com relação às vias, os pecados mais comuns são a falta de sinalização, a ausência de proteção e a existência de obstáculos às margens, como árvores ou postes. Por último vêm os problemas dos veículos: falta de manutenção, desgaste de peças e falhas mecânicas.
O governo estadual assegura estar disposto a não culpar apenas os motoristas. No comitê de trânsito, liderado pelo vice-governador Beto Grill, é consenso que as estradas gaúchas são ruins e perigosas. Nos próximos dias, o comitê deve eleger dois pontos prioritários – pinçados dentre os campeões em acidentes – para um diagnóstico in loco. Policiais rodoviários e engenheiros irão aos locais e elencarão providências. Inclusive estruturais, se necessário.
– Nos casos indicados, vamos fazer passarelas, colocar lombadas e mudar o traçado das vias, se a solução for essa – garante o engenheiro mecânico Rodrigo Kleinübing, perito criminal e coordenador da Câmara de Segurança Viária do comitê.
Um comitê composto por autoridades municipais, estaduais e federais está disposto a enfrentar esse desafio.
A primeira ideia é atacar pontos críticos situados em 50 municípios gaúchos e que são responsáveis pela maioria dos acidentes de trânsito no Estado. O diagnóstico desses locais de mortandade é fruto de um levantamento criterioso pelo qual o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) rastreou como ocorreram as mortes de 9.708 pessoas em desastres no Rio Grande do Sul, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011.
Dessas mortes, 1.923 (20%) aconteceram em 50 municípios, que representam 10% do total de cidades gaúchas. A análise dos dados mostra a lógica: via de regra, o maior número de mortes ocorre nas cidades maiores. Mas nem sempre é assim. São Leopoldo, por exemplo, tem um ponto crítico que registra mais mortes que os localizados em Porto Alegre, cidade sete vezes mais populosa.
Os acidentes são causados, basicamente, por três fatores, que atuam de forma isolada ou em conjunto: efeito humano, infraestrutura das vias e condições do veículo. O condutor costuma ser apontado por especialistas como o maior causador de desastres, ao abusar da velocidade, ao não usar cintos e ao consumir álcool ou drogas antes de dirigir. Com relação às vias, os pecados mais comuns são a falta de sinalização, a ausência de proteção e a existência de obstáculos às margens, como árvores ou postes. Por último vêm os problemas dos veículos: falta de manutenção, desgaste de peças e falhas mecânicas.
O governo estadual assegura estar disposto a não culpar apenas os motoristas. No comitê de trânsito, liderado pelo vice-governador Beto Grill, é consenso que as estradas gaúchas são ruins e perigosas. Nos próximos dias, o comitê deve eleger dois pontos prioritários – pinçados dentre os campeões em acidentes – para um diagnóstico in loco. Policiais rodoviários e engenheiros irão aos locais e elencarão providências. Inclusive estruturais, se necessário.
– Nos casos indicados, vamos fazer passarelas, colocar lombadas e mudar o traçado das vias, se a solução for essa – garante o engenheiro mecânico Rodrigo Kleinübing, perito criminal e coordenador da Câmara de Segurança Viária do comitê.