Este Blog é uma censura à Guerra e mortes no trânsito estimulada por uma Constituição benevolente; leis brandas; negligência dos órgãos de trânsito; precariedade da sinalização; buracos nas vias públicas; descaso dos Poderes na mobilidade urbana; morosidade e leniência da Justiça; e um alerta a todos que conduzem seus veículos sem habilitação, estressado, briguento, armado e agindo com imperícia, imprudência e atitude criminosa, prontos para morrer ou matar por troféus de lata.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Isso tem que ter fim!
Aplausos Zero Hero - Um brado para a Direção, Jornalistas e Funcionários pela maravilhosa campanha contra a violência no trânsito. Um editorial de qualidade e reportagens que retratam a imprudência, a insegurança e o comportamento doentio daqueles que não sabem dirigir uma tecnologia e movimentá-la no meio de outras máquinas e pedestres.
A dor das famílias, a mutiliação de corpos e mentes "tem que ter um fim".
379 mortos no ano passado se somam à quantidade de familiares enlutados e saudosos diante da perda prematura do ente querido.
Velozes e mortais, risco sobre rodas, experimentar com quem corre, punição e rigor para os rachas são manchetes que não deveriam virar rotina sem solução.
Cabe alertar que uma conscientização geral só será realmente implementada se for seguida de uma revolução no ordenamento jurídico brasileiro, impondo regras claras e punições fortes, sem privilégios ou concessões. Nada adiantará um campanha de tal magnitude, se as autoridades de Governo (Legislativo, Executivo e Judiciário) não se comprometerem com os objetivos.
Enquanto perdurar o jogo do empurra, os benefícios em excesso, a morosidade da justiça, a burocracia e a omissões, a violência no trânsito não terá fim. Esperamos que estes obstáculos sejam removidos.
TROFÉU DE LATA
“Esta poesia leva sinceras condolências a todas aquelas famílias com vítimas na violência do trânsito.
Eu vejo um carro...
Ligado na vida,
Numa pista devassa
Nas sombras do tempo
Que a morte abraça
Eu sinto o choque
E o rosto do infeliz
Num sorriso tristonho
No mar do arrepio
E a veia que salta
No sangue que corre
Na mente sentindo
O olhar do terror
E riso da morte
No raiar da maldade
Gritos e insultos
No limiar da verdade
E o canto de pássaros
Na via do inferno
Corridas de loucos
Que lutam por troféus de lata
E vidas que amassam
Num sonho mutilado
E o corpo da vítima
Velando o passado
Um sonho da cruz
No trânsito viveu
Vede!, vede!, oh! Irmãos!
Nós somos a imagem
Não a velocidade
Nós somos a coragem
Não pilotos.
Numa pista de irmãos
De rios e náufragos
Negligência de fato
Que a morte nos trás.